Controle da endometriose passa por mudanças no estilo de vida

Rotinas com dieta equilibrada, atividade física e apoio psicológico auxiliam no combate à doença (Foto: Divulgação)

No mês em que se celebra o Dia Internacional da Luta Contra a Endometriose (07/05), especialistas reforçam a importância de hábitos saudáveis no controle da doença e no aumento das chances de gravidez. Cerca de 10,4 milhões de brasileiras convivem com a condição, principalmente mulheres jovens e em idade fértil.

A endometriose é uma doença ginecológica crônica, com múltiplas causas — entre elas, fatores genéticos, hormonais, imunológicos e menstruais. O tecido do endométrio passa a crescer fora do útero, inflamando órgãos e provocando sintomas como cólicas intensas, dor ao evacuar, desconforto durante o sexo, fadiga e dificuldade para engravidar.

De acordo com Francis Helber, cirurgião ginecológico do Hospital São Luiz São Caetano, da Rede D’Or, mudanças simples no estilo de vida contribuem significativamente para a melhora dos sintomas e da fertilidade. “Uma rotina com alimentação equilibrada e exercícios regulares ajuda a reduzir a inflamação e regular as manifestações, melhorando a qualidade de vida da paciente”, explica.

A inflamação crônica causada pela doença pode comprometer o funcionamento das trompas, prejudicar a qualidade dos óvulos e dificultar a implantação do embrião. Por isso, controlar esse processo é essencial para mulheres que desejam engravidar. Práticas como caminhadas, natação, pilates e yoga auxiliam no alívio das dores, assim como uma dieta rica em frutas, legumes, cereais integrais, peixes e carnes magras.

O Hospital São Luiz São Caetano, localizado no ABC Paulista, mantém um núcleo especializado para atendimento de endometriose. A estrutura conta com equipe multiprofissional formada por ginecologistas, cirurgiões, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos, que atuam de forma integrada no diagnóstico e tratamento.

Helber ressalta que a abordagem precisa ser individualizada. “A endometriose pode afetar bexiga, intestino, ureteres e até o diafragma. Os sintomas vão além da dor física e têm impacto direto na saúde emocional, exigindo cuidado multidisciplinar.”

Nos casos mais graves, quando o tratamento clínico não apresenta resultados satisfatórios, pode ser indicada a videolaparoscopia — técnica cirúrgica minimamente invasiva que permite a remoção precisa dos focos da doença com pequenas incisões no abdômen.



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