A Inditex e a H&M estão a apostar no mercado venezuelano com a abertura de novas lojas no país ainda em 2025.
A espanhola Inditex, dona de marcas como Zara, Bershka e Pull&Bear, irá reabrir lojas destas duas últimas insígnias em Caracas nas próximas semanas. Por sua vez, o grupo sueco H&M prevê inaugurar a sua primeira loja na Venezuela até ao final do ano, no centro comercial Sambil, na capital do país.
 
A Venezuela é considerada um dos mercados mais desafiantes da América Latina devido à instabilidade política, crise económica prolongada, pressão fiscal elevada e um ambiente regulatório complexo. Ainda assim, sinais recentes de recuperação económica, como a quebra da inflação em 2024, estão a atrair novamente o interesse de investidores internacionais.
A reaproximação da Inditex à Venezuela começou no ano passado, com a inauguração de uma loja Zara em Caracas, com 5.000 metros quadrados, considerada a maior da marca na América Latina. Agora, a empresa prepara-se para reforçar a sua presença no país com uma loja Pull&Bear de 640 m² e um novo espaço da Bershka, com cerca de 600 m², ambas operadas em regime de franquia pelo grupo local Futura, o mesmo parceiro responsável pela reabertura da Zara.
 
A história da Inditex no país começou em 1998, mas foi interrompida várias vezes por conflitos com o governo venezuelano. Em 2013, todas as lojas do grupo foram encerradas após acusações de especulação de preços. Em 2021, a pandemia e o contexto económico levaram ao fecho das últimas cinco lojas da empresa no país. No entanto, o regresso da Zara, em 2024, marcou o início de um novo ciclo da empresa no mercado venezuelano.
O grupo espanhol avançou ainda que não tem programada a abertura de mais lojas no país, uma vez que planeia avaliar os interesses do mercado ao longo da atividade das três lojas que vai estabelecer na Venezuela.
 
Já a H&M, além da Venezuela, prepara-se para entrar em mais dois novos mercados: Brasil e El Salvador. A marca iniciou a sua trajetória na América Latina em 2012, com a abertura da primeira loja no México, país que continua a ser o seu principal mercado na região, com o maior número de lojas em operação. Desde então, expandiu-se para países como Peru, Chile, Colômbia, Uruguai, República Dominicana, Equador, Guatemala, Panamá e Costa Rica, somando mais de 200 lojas.
Apesar da forte presença na região, a H&M passou vários anos sem entrar em novos mercados latino-americanos. O último país a receber a marca foi o Uruguai, em 2018. Com o plano de expansão para 2025, o grupo nórdico retoma a sua estratégia de crescimento na região, apostando em mercados que, embora desafiantes, apresentam potencial de consumo e procura crescente por marcas internacionais.
 
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