Teve início no dia 1º de maio, as atividades alusivas a primeira mostra de Arte e Cultura de Bissau, denominada de MoACBiss. Um evento que irá acontecer durante todo mês de maio com uma programação vasta que vai desde literatura, cinema, danças, apresentações de livros, músicas, etc.
Abertura de Moacbiss teve uma forte aderência do público amante da cultura, e também foi marcada com a retoma/regresso do famoso grupo “Os Furkuntda”, conhecido pelo seu estilo vibrante e muito dançante.
No passado dia 04/05, houve lançamento dos livros – com destaque para os livros de Mário Pinto de Andrade (As Origens do Nacionalismo Africano) e do mestre da Oralidade Hamadou Hampate Bá.
Mário Pinto de Andrade, foi uma figura incontornável no processo da formação e emancipação intelectual e cultural das elites africanas, nomeadamente angolana e guineense, que ascendeu a independência nos anos 70. Contudo, teve um percurso estranho, viu-se ainda cedo em rotura com a alta direção de MPLA, exilado na Guiné, onde exerceu depois cargo no governo, mas, antes, Andrade foi um dos editores da prestigiosa Revista “Presense Africaine”, ao lado do senegalês Alioune Diop.
Perante um público interessante e curioso, as obras foram apresentadas por Odete Semedo e por mim, Tamilton Teixeira, ainda no decurso deste Bienal, acontecerá e tem acontecido várias atividades como já sublinhei. Os eventos têm reunido praticamente toda sociedade Bissau guineense.
Esta primeira edição de Moacbiss, acaba por ser um evento e espaço que, pela sua riqueza e proposta, uma contradição, de contraste mesmo: Há Guiné-Bissau de que se tem falado e difundida ultimamente. É como se, por estes dias, pode-se respirar outros ares, esquecendo um pouco as más noticias e informações de que a degradante realidade política acabou por afundar o país.
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