Como isso ocorre
“O maior impacto vem da diminuição esperada do estrogênio”, explica o especialista em entrevista ao site El Tiempo. Essa substância é responsável por estimular a produção de óxido nítrico, que ajuda a manter os vasos sanguíneos relaxados e flexíveis.
Com a sua redução, os vasos tendem a enrijecer, favorecendo o desenvolvimento de hipertensão arterial – fator de risco importante para infartos e outras doenças cardiovasculares.
De acordo com a Fundação Espanhola do Coração, antes da menopausa, as mulheres apresentam menor incidência de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs) em comparação aos homens.
No entanto, esse equilíbrio se desfaz após a interrupção da produção hormonal. Aos 65 anos, os índices se igualam entre os sexos. Mulheres que passam por menopausa precoce, antes dos 45 anos, enfrentam risco ainda maior.
Além do sistema cardiovascular, o fígado também é afetado. A queda do estrogênio favorece o acúmulo de placas nas artérias, o que aumenta a probabilidade de infartos.
O desequilíbrio hormonal influencia também o metabolismo. Há maior acúmulo de gordura visceral, redução da capacidade do organismo de metabolizar a glicose e elevação do estresse oxidativo – um cenário propício à inflamação crônica.
“O estrogênio tem forte ação anti-inflamatória. Com sua queda, o organismo feminino perde parte da capacidade de controlar esse processo”, aponta London.
O que fazer
Para mitigar os efeitos da menopausa sobre o coração, o médico recomenda uma série de hábitos saudáveis. Uma alimentação rica em alimentos integrais pode ajudar a controlar a inflamação sistêmica.
Além da prática regular de atividades físicas, pois isso ajuda a preservar a massa muscular e a manter o metabolismo mais eficiente.
Outro ponto destacado é a qualidade do sono: dormir bem é fundamental para a recuperação do corpo e para o equilíbrio hormonal. “Esses cuidados são essenciais para reduzir os riscos que a menopausa traz à saúde do coração”, conclui o especialista.
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