Entenda por que alguns imigrantes brasileiros terão que sair de Portugal em até 20 dias

Brasileiros formam a maior comunidade de imigrantes em Portugal (Foto: Banco de Imagens)

Milhares de imigrantes em situação ilegal, incluindo brasileiros, vão ter que deixar Portugal após 20 dias a partir de uma notificação do governo português. Isso porque, segundo o ministro da Presidência do governo português, António Leitão Amaro, cerca de 18 mil pessoas tiveram os pedidos de residência negados por não cumprirem as regras locais. As informações são do g1.

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A declaração foi dada no sábado (3), junto ao aviso de que “quem não cumprir a ordem terá de ser afastado coercivamente”, de acordo com Amaro. Os pedidos foram analisados e negados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima).

Na próxima semana, cerca de 4,5 mil imigrantes já serão notificados. A Embaixada do Brasil em Portugal ainda não sabe dizer quantos brasileiros serão impactados pela medida. Porém, pode ser que o número de notificações seja ainda maior, já que outros 110 mil pedidos de residências ainda vão ser analisados.

Maioria dos brasileiros está fora da mira

Mesmo sendo a maior comunidade de imigrantes em Portugal, os brasileiros não devem ser tão impactados pelas deportações. Cerca de dois terços dos 18 mil indeferimentos são de cidadãos da Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão.

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Possível “cortina de fumaça”

A Casa do Brasil em Lisboa (CBL) publicou nas redes sociais que a medida pode ser uma “cortina de fumaça” para tirar o foco das acusações de corrupção contra o ex-primeiro-ministro Luís Montenegro, que se envolveu em um escândalo relacionado a uma empresa de consultoria de propriedade da sua própria família.

“Nos parece minimamente coincidente o atual governo anunciar que vai notificar 18 mil imigrantes a abandonarem o país em plena campanha eleitoral e no seguimento de uma notícia de suposta corrupção do primeiro-ministro, com o caso da sua empresa. Fica a pergunta se, mais uma vez, não estão a utilizar a imigração como um bode expiatório e uma cortina de fumaça para os problemas reais do nosso país”, disse Ana Paula Costa, presidente da CBL.

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