Imigração
Estratégia visa enviar imigrantes — até mesmo de terceiros países — para locais sem vínculo com os deportados, gerando preocupações legais e humanitárias
A administração Trump está negociando com países de fora do Hemisfério Ocidental, como Angola, Guiné Equatorial, Ruanda e Moldávia, para deportar imigrantes que não são cidadãos desses países. Documentos internos do governo revelam uma campanha diplomática intensa para ampliar acordos de deportação com nações que, em muitos casos, possuem histórico controverso de direitos humanos.
O objetivo é encontrar alternativas para enviar imigrantes cujos países de origem se recusam a recebê-los de volta, incluindo supostos membros da gangue venezuelana Tren de Aragua, um dos alvos centrais da política migratória de Trump.Embora já existam acordos com países latino-americanos como Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala, o plano agora inclui deportações intercontinentais, com destinos a milhares de quilômetros dos EUA. Representantes de Angola e Guiné Equatorial negaram ter conhecimento das negociações, e o Departamento de Estado não comentou.
Críticos alertam para os riscos legais, diplomáticos e humanitários da medida, especialmente sobre o tratamento dos deportados em países sem qualquer vínculo com eles. Especialistas afirmam que, mesmo sem ampla implementação, a iniciativa visa intimidar migrantes e demonstrar que os EUA podem deportar qualquer pessoa, para qualquer lugar.
Durante reunião no gabinete da Casa Branca, o Secretário de Estado Marco Rubio confirmou publicamente a busca ativa por países dispostos a receber “os indivíduos mais desprezíveis”, o mais longe possível do território americano.
Fonte: CBS
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