Gestores de saúde do Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai discutem o fortalecimento da saúde nas fronteiras – Conselho Nacional de Secretários de Saúde

Em Ponta Porã/MS, o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, recebeu, nos dias 28 e 29 de abril, representantes de instituições de saúde nacionais e internacionais, entre eles, o secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, o assessor internacional da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Douglas Oliveira Lima, e o diretor geral da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, César Neves, além de membros da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e do Ministério da Saúde do Paraguai, para discutir a saúde nas fronteiras entre os estados e o país vizinho. 

A reunião dá continuidade à elaboração do Projeto de Monitoramento para Vigilância em Saúde na Fronteira Brasil – Paraguai, que o Conass apoia por meio do Centro de Inteligência Estratégica para a Gestão Estadual do SUS (Cieges).

A saúde nas fronteiras é um tema caro à gestão do SUS, principalmente quando se considera que estratégias de vigilância nestas áreas podem aprimorar a capacidade de detecção, notificação e principalmente respostas a eventos emergenciais em saúde pública.

Estruturar ações e fortalecer o projeto em questão, no sentido de proteger as populações tanto do Brasil quanto do Paraguai, foram destaques nas falas das autoridades presentes, como a do secretário Maurício Simões. “Os dados epidemiológicos de Mato Grosso do Sul, do Paraná e do Paraguai não podem ficar restritos. Nós precisamos reunir todas essas informações para construir estratégias que nos permitirão tomar medidas de vigilância que certamente trarão grandes benefícios para nossa sociedade regional”, enfatizou.

O diretor geral da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, César Neves, mencionou a experiência do estado no auxílio prestado ao Paraguai durante uma forte crise enfrentada pelo país vizinho. “Conseguimos fazer um excelente trabalho de bloqueio epidemiológico na nossa fronteira e mitigamos os danos que essa doença fez em território paraguaio. Estamos aqui para dividir um pouco do nosso conhecimento e claro, aprender muito com vocês”, pontuou.

Já para o assessor internacional da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Douglas Oliveira Lima, o momento é propício para fortalecer as ações de saúde nas fronteiras. Ele esclareceu que a pasta já tem algumas iniciativas em curso, em parceria com a Opas/OMS e disse que o Ministério da Saúde está à disposição para subsidiar as ações propostas. “Pensar a saúde nas fronteiras é muito importante para pensarmos na proteção da nossa população e dos nossos vizinhos”.

Chamou a atenção ainda o apontamento feito pelo representante da Opas/OMS, Marcos Quito, sobre o processo inovador da iniciativa. Segundo ele, as fronteiras são áreas de risco e proteção e por esse motivo o debate sobre ações nestas regiões são geralmente muito complexos, enquanto o projeto em questão extrapola este viés e vai além, inovando na cooperação entre os envolvidos.

 No segundo dia do encontro, Sandro Terabe, gerente do Cieges, apresentou o trabalho do Centro de Inteligência, com destaque para a capacidade de organizar os dados e transformá-los em informações úteis, para a tomada de decisão em tempo oportuno dos gestores.

O evento culminou ainda com a assinatura de uma carta a ser apresentada ao Ministério da Saúde do Brasil, na qual se estabelecem propostas de linhas estratégicas que serão desenvolvidas em um plano de trabalho conjunto entre os dois países. 

Assessoria de Comunicação do Conass

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