Turismo: Reflexões sobre o Futuro em Portugal

Para assinalar o 4º aniversário do TNEWS, lançamos uma rubrica especial que reúne vozes do setor do turismo. Convidamos personalidades a refletirem sobre o futuro do turismo em Portugal, respondendo à seguinte questão: “Se tivesse poder sobre o país por uma hora, qual seria a decisão que tomaria para o setor do turismo?”

Por Nuno Costa, CEO Timeless Portugal

Se tivesse o poder absoluto sobre o país durante uma hora, usaria todos esses minutos para lançar as bases de um turismo mais equilibrado e preparado para o futuro: e esta seria a hora perfeita.

Considerando, caso existisse, a possibilidade de alterar políticas fiscais para deixar ‘cair a máxima’ de que nas empresas ‘somos todos iguais’. Para tal, recorreria a ferramentas auxiliares para pequenas e médias empresas, com o intuito de desenvolver e reter talento, criando um maior equilíbrio no mercado em que nos inserimos — um conjunto de fatores que incentivaria as PME a investir com mais segurança e para que estas pudessem crescer de forma sustentável, sem perder competitividade.

Usaria também essa hora para dar um passo firme no combate à sazonalidade, com a criação de um plano estratégico. Neste, existiria uma aposta clara em conceitos inovadores e que impactasse mercados emergentes, onde o foco seria reforçar a promoção do destino Portugal ao longo de todo o ano. De facto, temos o produto, mas falta a estratégia certa.

Olharia ainda para o interior do país, onde optaria por dotar estas regiões de infraestruturas e serviços capazes de atrair, estendendo mais a oferta, de forma a garantia a permanência de quem nos visita.

Outra decisão-chave seria antecipar a abertura do novo aeroporto, abrir mais rotas e posicionar Portugal como um verdadeiro hub de referência na mobilidade, no sul da Europa.

Por fim, daria finalmente voz ao segmento do Leisure and Corporate Mobility Services, que, apesar de representar uma peça importante na experiência turística, continua à margem das grandes decisões.

Uma hora não resolve tudo, mas pode marcar o início de uma mudança com impacto real. Seria a hora perfeita.

Nota de editor

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