Brasil Reconsidera Jorge Jesus para Seleção

Estava tudo bem encaminhado, havia já um acordo verbal, mas a operação está agora condenada ao fracasso: Carlo Ancelotti está mais longe de se tornar selecionador do Brasil e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) voltar a virar-se para Jorge Jesus.

Os anos de contrato estavam definidos, assim como a data de início de funções e até o salário. Mas na noite de terça-feira tudo se complicou porque o Real Madrid não quer pagar ao treinador o ano que ainda tem de contrato (até 2026). No clube espanhol, aliás, caiu muito mal o facto de o técnico italiano estar ainda em funções mas andar a reunir-se com emissários da seleção brasileira.

A imprensa espanhola não dá o acordo como totalmente encerrado, mas no Brasil os jornais dão a operação como definitivamente condenada. O Globo Esportes, inclusivamente, escreve que a negociação está encerrada e que as atenções voltam a virar-se para Jorge Jesus, que era o segundo da lista.

Segundo o jornal Marca, que lembra que estava tudo acordado e que só faltava a assinatura, o treinador, já depois do acordo verbal, terá transmitido aos responsáveis brasileiros que não poderia ocupar o cargo já a partir de maio, mas apenas em agosto, já que o Real não estava na disposição de o indemnizar se saísse já. Além disso, ao que parece, surgiu também o interesse de um clube árabe que acenou com uma proposta milionária.

Neste sentido, tudo parece encaminhar-se para que Jorge Jesu possa assumir o cargo, ele que era o plano B. Apesar de o treinador português orientar o Al-Hilal, clube saudita que vai competir no Mundial de Clubes no verão, abdicar dessa competição não seria um problema.

Além disso Jesus não vive um bom período na Arábia Saudita. Em segundo lugar do campeonato, o Al-Hilal tem o Al Ittihad seis pontos à frente e está longe da luta pelo título. O clube foi também eliminado pelo Al-Ahli na meia-final da Champions League da Ásia nesta terça-feira (29). Assim, o ciclo do português no clube saudita parece próximo do fim.

Carlo Ancelotti sempre foi o desejado do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. A ideia era o italiano assumir a seleção do Brasil em junho de 2024, antes da Copa América, mas entretanto renovou com o Real Madrid e ao fim de seis meses a ser comandado pelo interino, o Brasil virou-se para Dorival Júnior, que não conseguiu convencer e saiu após a pesada derrota com a Argentina (4-2) no apuramento para o Mundial 2026.

A viver uma das piores épocas no Bernabéu, estando já afastado da Liga dos Campeões e da Taça do Rei, depois da derrota na final com o Barcelona, Ancelotti estava seduzido pelo objetivo de levar a canarinha à conquista do sexto Mundial, que se joga nos Estados Unidos no próximo ano, e cujo apuramento a equipa ainda não conseguiu. Mas aparentemente esse objetivo já não se vai concretizar.

O Brasil está em 4.º lugar no grupo de apuramento, com 21 pontos, os mesmos do Paraguai (5.º) e Uruguai (3.º) e atrás de Equador (23 pontos) e Argentina (31). A Colômbia é 6.ª, com menos um ponto (20), quando faltam quatro jornadas para o fim.

Daí ser tão importante que Carlo Ancelotti pegasse na equipa já em junho. A seleção brasileira apresenta-se no dia 2 de junho, em São Paulo para preparar os jogos com o Equador, fora de casa, e Paraguai, em São Paulo, sendo que a lista de pré-convocados tem de ser enviada para a FIFA até o próximo dia 18 de maio. Esta lista, agora, pode ser feita por Jorge Jesus.

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