Parceria entre Brasil e Angola lança formação profissional — Ministério da Educação

Excelência formativa, acolhimento e equipes receptivas. Essas foram as palavras escolhidas pelo angolano Fernando Mateus Sito para descrever a sua experiência na realização de residência em cardiologia clínica no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) durante o Programa de Formação de Recursos Humanos em Saúde Brasil-Angola, que conta com a contribuição da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), entidade vinculada ao Ministério da Educação (MEC). 

Fernando, que iniciou o curso em 2024 com a primeira turma do programa, representou os estudantes em formação na aula inaugural virtual que ocorreu nessa terça-feira, 29 de abril, para recepcionar os novos participantes de 2025. Ele contou que escolheu o Brasil por saber da qualidade formativa do país. “Percebo um imenso ganho de conhecimento e experiência, a partir de perceptores inclusivos que transmitem os ensinamentos de forma concisa, objetiva e sem ver a quem. Com essa oportunidade, nós queremos poder contribuir para o desenvolvimento da saúde de Angola”, disse. 

O evento contou com mais de 150 alunos e preceptores que participaram de forma remota de um momento informativo sobre o funcionamento do programa, aula magna sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema Nacional de Saúde de Angola (SNS), além da assinatura do plano de trabalho para este ano. 

Para o presidente da Ebserh, Arthur Chioro, o ato de ensinar faz aprender muito. “E essa possibilidade de intercambiar conhecimento e experiências vai muito além da reprodução de conteúdo técnico, habilidades e competências profissionais. É um processo que forma e nos forma”, afirmou. Ele ressaltou que o desafio agora é dar um passo além, em 2025, e consolidar essa parceria. 

O representante do Ministério da Saúde de Angola, Djamel Kitumba, partilhou que o governo daquele país vivencia um momento de esforço voltado para a atenção à saúde, o que exige ampliação do número de profissionais. “Contudo, não basta formar em grande número, é preciso se preocupar com a qualidade dessa formação; e essa parceria com o Brasil nos oferece isso. São cerca de 300 angolanos realizando formação em território brasileiro e somos muitos gratos por todos que aceitaram esse desafio”, pontuou. 

Também participaram representantes do Ministério da Saúde do Brasil, Felipe Proenço; da Agência Brasileira de Cooperação, a embaixadora Luiza Lopes da Silva; além de outros profissionais participantes que compartilharam experiências com o programa. 

Programa Coordenado pela Agência Brasileira de Cooperação Internacional do Ministério das Relações Exteriores, o programa prevê que, ao todo, 38 mil profissionais angolanos passarão por treinamentos, especializações e capacitações no Brasil no período de cinco anos, iniciado em 2024. 

Para tanto, os hospitais da Rede Ebserh estão compartilhando suas expertises em ensino, inovação e assistência para ajudar o sistema de saúde dos africanos no enfrentamento de doenças infecciosas e epidemias, bem como de emergências sanitárias como a covid-19, o sarampo, a malária e dengue. 

Para esse ano, foram ofertadas 82 vagas para seleção de profissionais e formação em 17 hospitais da Rede, com preenchimento de 91,4% desse total. Desde 2024, já foram ofertadas 3.274 vagas em 25 unidades hospitalares vinculados para atividades de qualificação em diversas modalidades como fellowship, mestrado, doutorado, MBA, capacitações, entre outros. 

Rede EbserhVinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação. 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Ebserh 


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