Guiné-Bissau: Frente Popular lança violentas críticas a Biagué Na Ntam

O movimento cívico Frente Popular acusou o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Biagué Na Ntam, de estar “ao serviço de um regime político no poder”, classificado pelo grupo como “ditatorial, manipulador e violento”. Segundo o movimento, o objectivo central do regime é “destruir a democracia, desmantelar as instituições republicanas, desrespeitar as leis e suprimir a vontade popular”.

Em comunicado à imprensa divulgado nesta segunda-feira, 28 de Abril, o movimento liderado por Armando Lona afirmou que “o país voltou a assistir a mais uma declaração irresponsável do General Biagué Na Ntam, com o objectivo de intimidar o povo guineense, mergulhado numa ditadura cruel que já vitimou centenas de cidadãos, dentro e fora do território nacional”. A declaração do general foi qualificada como “política, intimidatória e irresponsável”.

O documento ressalta ainda que “a recente aparição do General Biagué Na Ntan, para além de revelar à opinião pública nacional e internacional, a sua verdadeira face político partidário até aqui dissimulada, confirma igualmente, a sua agenda de patrocínio da ditadura encabeçada pelo Ex-Presidente da República Umaro Sissoco Embaló”. A crítica foi uma resposta directa à ameaça do general, que teria declarado a sua intenção de “abater” quem perturbasse a paz.

Segundo a Frente Popular, as declarações de Biagué Na Ntam representam “interferências sistemáticas em assuntos de natureza política e partidária, por meio de contactos e chantagens de alguns líderes políticos”.

O movimento também criticou uma “ameaça gratuita e covarde” feita pelo general contra o direito do povo guineense à manifestação, garantido pela Constituição da República. “Ao proferir mais uma desesperada ameaça gratuita e covarde contra o povo guineense que a Constituição da República confere o direito de manifestação, o General Biagué Na Ntam demonstrou não só a sua ignorância sobre a missão constitucional das forças armadas, mas também, a sua apetência aos bens materiais, os quais lhe transformam num homem totalmente perdido no tempo e fora de si mesmo”, refere o texto.

O Movimento Cívico anunciou ainda a sua intenção de promover, nos próximos tempos, manifestações pacíficas de rua com o objectivo de “desmantelar completamente o regime autocrático, ditatorial, violento e ultrapassado que descaradamente” o general “tem sustentado”.

Por fim, o comunicado lembra ao General Biagué Na Ntam que “que à luz da Constituição da República da Guiné-Bissau e demais leis que regem a organização das forças armadas, está em caducidade, tal como o seu chefe da turma de ditadura, o Sr. Umaro Sissoco Embaló, desde o dia 27 de Fevereiro último e desde logo, deixou de ter legitimidade e condições de falar em nome das forças armadas e dos militares guineenses”, lê-se no documento.

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