Após apagão. Anunciada reposição total da eletricidade, Aeroporto de Lisboa ainda enfrenta dificuldades

Todos os hospitais privados já têm a eletricidade restabelecida, apesar de ainda haver alguns problemas informáticos que deverão ser resolvidos até ao final da manhã, anunciou hoje a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP).

Depois de “um dia muito difícil” e de “uma noite com alguma tensão”, o presidente da APHP, Óscar Gaspar, disse que hoje “as coisas estão a entrar na normalidade”, havendo eletricidade em todos os hospitais.

“Ainda há alguns problemas com alguns sistemas informáticos, nomeadamente de ligação entre os hospitais privados e outras instituições, mas aquilo que me é referido é que tudo tende para a normalização até ao final da manhã. Portanto, depois do pesadelo de ontem, acho que hoje foi um acordar bastante sereno”, declarou.

Óscar Gaspar relatou que muitas equipas tiveram de trabalhar “horas e horas extra” e “dar o máximo” para garantir que tudo estava a funcionar, considerando que, neste momento, “o balanço é positivo”.

Questionado se o corte de energia, que se prolongou por várias horas na segunda-feira, causou prejuízos, como por exemplo a nível de medicamentos que necessitam de refrigeração, o responsável disse que esse apuramento ainda não foi feito.

“Aquilo que aconteceu é que, obviamente, tivemos de garantir que aquilo que era essencial estar a funcionar estivesse. Outro tipo de atividades que podiam ser adiadas acabaram por ser. Agora em relação a outro tipo de disrupção da atividade, para já não tenho conhecimento”, sustentou.

Segundo Óscar Gaspar, uma das preocupações foram os geradores que tinham capacidade para “suportar quatro a seis horas e o apagão foi bastante maior do que isso”, tendo sido necessário abastecê-los de forma extraordinária durante a tarde e durante a noite.

“Houve necessidade de ter acesso a combustível extra”, disse, adiantando que “houve instruções a nível nacional para haver um racionamento” dos combustíveis e, nesse aspeto, “foi importante haver coordenação da Direção Executiva do SNS de maneira a que o fornecimento dos hospitais privados também acontecesse”.

Óscar Gaspar admitiu que o apagão de segunda-feira foi um enorme desafio para os hospitais.

“Os hospitais têm de funcionar 24 horas por dia e precisam de ter eletricidade e precisam de ter uma temperatura controlada para os doentes. E portanto têm de estar acauteladas estas rotinas. E, neste momento, ainda a quente, a única crítica que acho que deve ser feita é que, para já, não temos protocolos conhecidos”, salientou.

“Portanto, nós não sabíamos ontem quais eram os contactos para resolver os problemas, não sabíamos exatamente quais eram os circuitos. E aquilo que posso dizer é que em muitos hospitais, por exemplo, não havia possibilidade de mandar e-mail, os telemóveis não funcionaram”, relatou.

Para Óscar Gaspar, tem de estar previsto, a nível nacional, um sistema de redundância para garantir o acesso à informação em situações de falha, para se conseguir saber o que está a acontecer, realçando a importância dos contactos realizados na segunda-feira com a Direção Executiva e a Proteção Civil para resolver os problemas.

“O episódio de ontem, que todos esperamos que tenha sido apenas um episódio, acho que nos deve levar a pensar de forma mais estruturada”, disse, comentando: “As coisas acabaram por correr bem, porque à boa maneira portuguesa, todos fizemos das tripas de coração e todos soubemos organizar-nos para resolver os problemas. Agora, as coisas não estavam definidas de forma correta”.

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