Praticamente todos os artistas que subiram nos diferentes palcos do AME, não apenas os cabo-verdianos, lembraram de sua luta.
A guineense Karyna Gomes fez do momento o mote de seu show e cantou canções que iluminam a trajetória pela liberdade de ambos os países sob domínio de Portugal.
Além de saudar Cabral, ela lembrou de sua conterrânea combatente Titina Silá, para quem cantou uma música recém recuperada por ela em um arquivo histórico do país. A cada vez que ela fazia uma fala de introdução para uma música, punhos se erguiam na plateia.
Berço de vozes como Cesária Évora, Codé di Dona, Tito Paris e Mayra Andrade, Cabo Verde segue revelando talentos de tirar o fôlego.
Outra representante de destaque da nova geração é Zulu, nome artístico de Zuleica Barros, que recém revelou ao mundo o EP “Briza”. Nas faixas, ela mostra que a tradição musical do arquipélago, da morna e do funaná, por exemplo, não apenas se renova, como ganha novas formas e batidas ao aproximá-la do jazz.
“O que mantém uma ligação maior [da minha música] com a minha ilha, Boa Vista, é a forma como as pessoas, desde os meus ancestrais, vivenciavam a tradição tanto das cantadeiras, como do landú, que eu trago também no meu EP”, aprofunda Zulu.
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