Cabo Verde: “Todo cristão tem direito à sua gota de água”, alerta deputada Paula Moeda sobre a crise de água em Santiago Sul

A deputada da Assembleia Nacional de Cabo Verde por Santiago Sul, Paula Moeda, lançou um forte apelo ao Governo e à ADS (Águas de Santiago) face à crise severa de abastecimento de água que afeta as populações da Praia, São Domingos e Ribeira Grande de Santiago.

“A água é um bem essencial à vida. O acesso regular à água de qualidade é um direito dos cidadãos e uma obrigação do Estado”, afirmou Paula Moeda, denunciando o colapso do sistema de abastecimento em várias localidades da região sul da ilha de Santiago.

Segundo a deputada, a situação tem-se agravado, com perdas sistemáticas na rede, falhas operacionais e conflitos entre a ADS e a EDEC (antiga Electra). Moeda destacou que, apesar das sucessivas promessas do Governo e dos elevados financiamentos públicos — incluindo avais de 300 mil contos concedidos à ADS entre 2021 e 2022 —, a crise não só persiste, como se agrava.

“Para onde foi esse dinheiro?”, questionou, visivelmente indignada. A renúncia recente do Presidente do Conselho de Administração da ADS, formalizada desde o dia 9 de abril, veio intensificar o sentimento de abandono entre a população.

Em tom direto, Paula Moeda denunciou o sofrimento diário das famílias: “O pouco que entra nas torneiras, entra com problemas de qualidade, muitas vezes imprópria para consumo. Limárias estão a sofrer, criadores de animais preocupados com a subsistência. Onde está a água para beber, para cozinhar, para lavar, para a higiene pessoal?”

A deputada sublinhou ainda os efeitos diretos na saúde pública, especialmente entre crianças, idosos e mulheres que enfrentam longas caminhadas em busca de água, quando têm recursos para comprá-la.

“A população de Santiago Sul quer os seus direitos. O Estado tem a responsabilidade de garantir-nos esse direito e preparar um país melhor para as gerações futuras”, reforçou.

Os deputados eleitos por Santiago Sul exigem do Governo uma intervenção de emergência, imediata e eficaz, para resolver esta crise que ameaça a dignidade e a saúde de milhares de cabo-verdianos.

Anícia Cabral

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