Brasil conquista novo mercado para óleo de aves no Peru – O Presente Rural

Quando alguém saboreia um prato de frango de algum restaurante sofisticado de Pequim, ou preparar uma refeição rápida em um apartamento movimentado na Cidade do México, talvez não imagine a complexa impressionante cadeia de produtiva por trás daquele pedaço de carne. E mais surpreendente ainda é descobrir que existe uma grande possibilidade de que esse franco tenha saído diretamente de um dos milhares de aviários espalhados pelo Paraná, estado que lidera com folga o ranking nacional na produção e exportação de carne de frango no Brasil. Em 2024, o Paraná reforçou sua posição comum um dos maiores centros agrícolas globais, com números robustos que confirmam sua relevância estratégica econômica, social e geopolítica.

Dados do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Paraná, revelam que em 2024 estados explorou impressionantes 2,17 milhões de toneladas de carne de frango. Esses números representam 42,1% das exportações brasileiras totais, que chegaram a 5,16 milhões de toneladas, consolidando definitivamente o Paraná como o maior exportador nacional do produto esses expressivos volumes se traduziram em receita significativas: US$ 4 bilhões foram gerados somente com a venda internacional de carne de frango produzida em terras paranaenses.

Para entender essa grandiosidade, é preciso voltar os olhos para a estrutura operacional montada no Paraná. O Sindicato das Indústrias de Produtos Agrícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) conta com 36 abatedouros e sete incubatório associados, responsáveis por 97% dos abates realizados em todo estado. Uma estrutura que alimenta uma impressionante rede reprodutiva composta por mais de 18 mil aviários cadastrados, espalhados estrategicamente por cerca de 8 mil propriedades rurais, distribuídas em regiões como o Oeste, Sudoeste e Norte do Paraná, que se destacam pela eficiência e pela alta produtividade na criação, processamento e distribuição para o Brasil e o mundo.

Exportações

Foto: Claudio Neves

A grandiosidade da avicultura paranaense transcende fronteiras. O estado envia carne de frango para mais de 150 países. Em 2024, os principais destinos foram mercados exigentes e estratégicos, começando pela China, que recebeu 281 mil toneladas, correspondendo a 13% do total exportado pelo Paraná. Os Emirados Árabes Unidos ficaram em segundo lugar, recebendo 194 mil toneladas (9%), seguido pela África do Sul (184 mil toneladas, 8%), Japão (143 mil toneladas, 7%) e México (96 mil toneladas, 4%) essa diversificação de mercados demonstra não apenas a qualidade ou competitividade dos produtos paranaenses, mas também a eficiência de uma cadeia logística e operacional invejável.

E é justamente essa capacidade produtiva logística que coloca o Paraná em um patamar global diferenciado. De acordo com os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil foi, em 2024, o maior exportador mundial de carne de frango, representando 36,1% de todo o mercado global com 4,9 milhões de toneladas exportadas, em um universo global que alcançou 13,8 milhões de toneladas. Nesse cenário, a contribuição paranaenses essencial: estima-se que, a cada 10 quilos de carne de frango exportados pelo mundo, cerca de 1,6 quilo tenha sido produzido nos aviários paranaenses. Esse dado por si só demonstra a relevância e o protagonista do Paraná no comércio Internacional de carne.

Contudo, a contribuição paranaense à avicultura global não se resume em apenas à carne. Em 2024, o estado também brilhou como líder nas exportações de ovos férteis da espécie Gallup domesticus, utilizados para a incubação. Foram exportadas 9,7 mil toneladas, respondendo por 37,1% do total nacional nesse seguimento, o que gerou receitas de US$43,9 milhões, representado 34,9% da receita brasileira nessa categoria. Destinos expressivos como México (3,76 mil toneladas , 38,7% do total), Senegal (2,07 mil toneladas, 21,3%), Venezuela (1,65 mil toneladas, 17%), Paraguai (1,098 mil toneladas, 11,2%) figuram como os principais parceiros comerciais do Paraná no mercado de ovos férteis.

Ovos para consumo

Fotos: Shutterstock

Em relação aos ovos para consumo, em 2023 o Paraná ocupou a oitava colocação na Nacional, produzindo 191,9 milhões de dúzias ou cerca de 2,3 bilhões de unidades, o que representa 5,6% da produção brasileira. São Paulo liderou esse segmento com ampla margem, com produção de 1 bilhão de dúzias (12 bilhões de ovos), correspondendo a 29,2% do total. Em seguida, destaca-se estados como Espírito Santo, Minas Gerais, Ceará, Mato Grosso, Pernambuco e Rio Grande do Sul, com participações variando entre 5,8% e 9,9%.

Logística

De acordo com os Portos do Paraná, complexo portuário formado pelos portos de Paranaguá e Antonina, em 2024, o Porto de Paranaguá liderou a movimentação nacional de frango congelado. O transporte é realizado em contêineres com controle de temperatura (reefer), em uma área com 5.268 tomadas jogou aqui representa o maior pátio reefer da América do Sul.

Impactos sociais

É importante ressaltar que essa pujança econômica gera profundos impactos sociais no Paraná. Segundo dados do Sindiavipar, o setor agrícola paranaense é responsável por gerar cerca de 95 mil empregos diretos e mais de 1,5 milhões de empregos indiretos, sustentando milhares de famílias, dinamizando o comércio e fortalecendo economias locais. Essa realidade torna a avicultura muito mais do que uma atividade produtiva; ela é um motor fundamental para o desenvolvimento econômico e social de todo o estado, com efeitos multiplicadores que beneficiam diretamente enumera cidades e regiões.

Além disso, o desenvolvimento da avicultura paranaense está intimamente ligado ao uso de tecnologias modernas, aos padrões sanitários e sustentabilidade ambiental. Os investimentos contínuos em pesquisa, inovação e melhoria das práticas produtivas consolidam ainda mais a posição do Paraná como um centro de excelência global no setor Vivo. Adoção de técnicas avançadas e aplicação de rigorosos as normas sanitárias garantem não apenas a qualidade e segurança alimentar dos produtos, mas também fortalecem o prestígio internacional do estado como fornecedor confiável e competitivo.

O Paraná desponta não apenas como uma referência nacional, mas também como um líder global incontestável em avicultura. Os números grandiosos de 2024 confirmam a robustez de um setor que vai muito além da produção. Trata-se de uma cadeia produtiva que conecta famílias rurais paranaenses aos mercados mais distantes do planeta, com carnes chegando a mesa do uso ao redor do mundo. Essa combinação de números impressionantes, eficiência produtiva, geração expressiva de empregos e capacidade de inovação que solidifica o Paraná como um dos grandes protagonistas da avicultura global, pavimentando o caminho para um futuro ainda mais promissor e sustentável.

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Fonte: O Presente Rural

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