Em declarações aos jornalistas à saída da reunião da Comissão Política do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), partido de que é presidente de honra, Embaló lembrou o Papa Francisco como “homem ímpar”.
“Hoje, de manhã cedo, lembrei-me de um homem digno que tive a oportunidade de me sentar com ele. Papa é um homem ímpar. Para mim, não era só um chefe da Igreja Católica, mas um homem de paz”, destacou o Presidente guineense.
De religião muçulmana, Umaro Sissoco Embaló foi recebido, em audiência, pelo Papa Francisco, no Vaticano, no dia 29 de janeiro de 2024, tendo os dois líderes abordado a situação social na Guiné-Bissau, num encontro em que o Papa ofereceu ao Presidente guineense uma escultura em bronze, uma coletânea de documentos pontificados e a Mensagem da Paz daquele ano.
Por seu turno, Sissoco Embaló foi portador de uma mensagem de paz do Papa Francisco para os sudaneses, em guerra desde abril de 2023.
O Presidente guineense enfatizou que o país e o mundo estão de luto hoje pelo falecimento de um homem a quem “Deus concedeu a glória”.
“Só para verem o que Deus faz: Deu-lhe forças para celebrar, ontem [domingo de Páscoa] a última missa, a seguir, morrer. Pedimos a Deus que o próximo Papa seja melhor do que este”, declarou.
O Presidente guineense disse fazer esta exortação sem pretender afirmar que não vai haver outro Papa igual.
“Não podemos dizer que não haverá um Papa como o Francisco, isso é forte para a Humanidade, mas podemos dizer que o Papa Francisco foi uma figura eminente”, sublinhou.
O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
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