Os Emirados Árabes Unidos (EAU) anunciaram nesta semana que vão começar a usar inteligência artificial para criar e monitorar as leis do país. Por enquanto, os políticos continuam existindo — a palavra final ainda é deles. Porém, toda a análise sobre os possíveis impactos de uma nova proposta de lei ficará a cargo da IA.
Foi criado um departamento chamado “Escritório de Inteligência Regulatória” para coordenar todo esse sistema. Nele, vão trabalhar em conjunto autoridades do governo federal e local, e também empresas privadas.
Será desenvolvido o maior banco de dados de leis do país. O sistema vai acompanhar diariamente como a legislação afeta a vida das pessoas e a economia. Isso será feito analisando decisões judiciais, procedimentos do governo e serviços públicos. A partir dos dados dessas análises, a IA pode sugerir mudanças quando perceber que algo precisa ser atualizado.
O sistema também vai ficar de olho no que outros países estão fazendo e sugerir adaptações para a realidade dos Emirados Árabes. O sistema será programado para preservar os valores da sociedade muçulmana.
A ideia com o projeto é tornar a criação de leis muito mais rápida — cerca de 70% mais veloz do que o método tradicional. Além disso, a legislação do país pode se tornar menos “engessada”, já que a IA permitirá uma adaptação mais rápida às mudanças da sociedade e economia mundial.
Ainda não dá para saber se o governo dos Emirados Árabes vai mesmo conseguir se antecipar a problemas antes que eles aconteçam. Mas não há dúvidas de que o sistema tem potencial para reduzir boa parte do trabalho pesado de pesquisa, redação e avaliação das leis.
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