María Corina Machado, principal opositora do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, elogiou a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que o presidente Lula (PT) “poderia fazer muito mais” pela democracia.
O que aconteceu
María Corina elogiou Trump. Ela disse que ele tem sido um “aliado consistente” na causa democrática da Venezuela e que “está apoiando o povo com a estratégia certa.” As declarações ocorreram em entrevista ao Estadão.
Líder da oposição na Venezuela cobrou uma postura diferente do presidente do Brasil. “Lula poderia fazer muito mais”, disse. “Esse é o momento de liderar com princípios. O que acontece agora na Venezuela vai definir o futuro da democracia na América Latina.”
Não podemos ter dois pesos e duas medidas. Veja o que aconteceu em 16 de abril: Nadine Heredia, esposa do ex-presidente do Peru, entrou na embaixada brasileira e recebeu asilo em menos de 24 horas. Enquanto isso, nossos colegas na embaixada argentina aqui estão há mais de um ano sem água, sem luz, com acesso restrito a medicamentos e alimentos — e nada foi feito. Não acredito que o governo brasileiro não tenha força para garantir salvo-condutos depois de tanto tempo. María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela
Papel da comunidade internacional
María Corina cobrou atitude de outros países em relação ao regime na Venezuela. “É a hora da comunidade internacional agir com firmeza. Esperamos muito mais dos governos latino-americanos nesse momento.”
Poderia ser exatamente o oposto: o centro energético das Américas. Temos uma oportunidade enorme nas áreas de energia, minerais, telecomunicações. Um enorme potencial para negócios — inclusive com o Brasil. E é por isso que insisto: Maduro nunca esteve tão fraco. O sistema está rachando. A hora é agora.
Primeira mulher a liderar a oposição na Venezuela
María Corina disse que não imaginava que iria se envolver com política. Ela também falou sobre o fato de ser a primeira mulher a liderar a oposição em seu país. Uma mulher é mais forte do que qualquer força opressora”, afirma.
Hoje, ser mulher é o nosso maior trunfo. Durante muito tempo foi difícil — e fui subestimada justamente por ser mulher. Fui subestimada justamente por ser mulher. Mas isso acabou se tornando uma vantagem, porque ninguém esperava o que eu poderia fazer.
Eu era mulher, não tinha experiência política, vinha de uma família de empresários — tudo isso jogava contra mim. E mais: defendia ideais liberais, acreditava que o socialismo não era o caminho para o progresso da sociedade. Talvez justamente por isso eu tenha dito coisas que ninguém mais ousava dizer.
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