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Depois da tomada de posse de Daniel Chapo como novo Presidente de Moçambique, na quarta-feira, o país tenta regressar à normalidade, mas a situação não parece estar mais calma.
No dia da tomada de posse, foram relatados confrontos entre apoiantes do candidato derrotado Venâncio Mondlane e a polícia, na periferia da capital Maputo, e registados vários disparos.
Wilker Dias, ativista político moçambicano, dá conta que estes confrontos já fizeram pelo menos 309 mortos. A vítima mortal mais recente é um adolescente de 14 anos que perdeu a vida, na quarta-feira, no mesmo dia em que outros três jovens de 17 anos também morreram.
“É extremamente preocupante para nós presenciar este tipo de situações de insegurança (…) O país não merece isto.”
O ativista acusa a polícia moçambicana de estar a ter “uma postura não muito aceitável”, o que leva a “consequências negativas” não só para a população, com o aumento de mortos, mas também para o país, com a questão da segurança que não está garantida.
Questionado sobre a posição de Portugal relativamente a este conflito político, Wilker Dias defende que a população portuguesa “deveria ter um pouco mais neutral”.
“Porque se repararmos para aquele que é o histórico existencial entre os dois países, seria de bom tom se tivesse mais uma posição de mediador à semelhança daquilo que teve, por exemplo, quando foi a questão com Cabo Delgado, que era ajudar o povo moçambicano e não diretamente o partido que está no poder. “
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