Altice Portugal vê receitas crescer 0,7% para 2.775 milhões de euros. Ana Figueiredo fala em “capacidade de adaptação da MEO”

A Altice Portugal encerrou o ano de 2024 com receitas consolidadas de 2.775 milhões de euros, um crescimento de 0,7% face ao ano anterior. Ana Figueiredo fala em grande capacidade de adaptação à evolução do mercado.

“Os resultados de 2024 refletem a capacidade de adaptação da MEO num setor em profunda transformação. Num mundo onde a conectividade é essencial para o progresso económico e social, a diferenciação apenas se consolidará na capacidade de inovar. É este o foco, porque acreditamos que o investimento contínuo, com estratégia e racionalidade, é o único caminho para o futuro”, diz Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal.

O EBITDA situou-se nos 994 milhões de euros, enquanto o investimento global da empresa atingiu os 422 milhões de euros, apesar do impacto negativo da Altice Labs, responsável pela redução nas vendas de hardware. Sem considerar a Altice Labs, as receitas teriam crescido 5,4% e o EBITDA registado uma subida de 3,3%, evidenciando a solidez operacional da empresa.

No quarto trimestre, a Altice Portugal registou receitas de 726 milhões de euros, uma subida de 3,1% face ao mesmo período de 2023, impulsionada pelos segmentos de Consumo (+7,7%) e Serviços Empresariais (+7,9%, excluindo Altice Labs). A base total de RGUs de serviços fixos e móveis atingiu os 14 milhões, com 1,7 milhões de clientes únicos no segmento de consumo.

O número de serviços fixos cresceu 1,4%, para 6,1 milhões, e os serviços de televisão por subscrição e conectividade aumentaram 2,3% e 2,8%, respetivamente, ambos fixando-se em 1,9 milhões de clientes. O número de clientes móveis pós-pagos atingiu 5,3 milhões, com um crescimento trimestral de 0,9%.

O EBITDA no último trimestre foi de 231 milhões de euros, uma redução de 5,4% face ao período homólogo. Excluindo a Altice Labs, a queda foi de apenas 0,4%. O investimento trimestral totalizou 129 milhões de euros.

A nível de infraestruturas, a Altice Portugal alcançou uma cobertura de fibra ótica em 6,5 milhões de casas e coberturas de 95,8% e 99,97% nas redes 5G e 4G, respetivamente.

O segmento de consumo fechou o trimestre com receitas de 381 milhões de euros, mais 7,7% face ao ano anterior, impulsionado pelo crescimento da base de clientes únicos e pela valorização média por cliente. A MEO Energia destacou-se como o maior captador de clientes no mercado liberalizado de eletricidade desde julho de 2024, segundo a ERSE.

No segmento de serviços empresariais, as receitas ascenderam a 344 milhões de euros no 4.º trimestre, representando um crescimento de 7,9% (excluindo Altice Labs). A performance foi sustentada por serviços Telco e Não Telco e pelo negócio wholesale, que beneficiou do aumento do aluguer de infraestruturas.

“Porém, apesar dos avanços tecnológicos e dos investimentos realizados, a competitividade do setor continua a ser influenciada por desafios estruturais. O quadro regulatório deve evoluir para acompanhar a realidade do mercado e permitir que os operadores continuem a inovar e a crescer. É fundamental garantir um ambiente que incentive o investimento em infraestrutura e serviços digitais, promovendo um setor mais sustentável e dinâmico”, revela Ana Figueiredo.

No entanto, a executiva acredita que “um modelo regulatório mais equilibrado e ajustado aos desafios atuais permitirá reforçar a posição de Portugal como um hub tecnológico e digital na Europa”.

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