Organização alerta ameaça de criminosos assumirem Haiti

Chefes de governo da Comunidade do Caribe (CARICOM) divulgaram uma nota no domingo (13/04) em que expressam a preocupação de grupos criminosos assumirem o controle e impor uma transformação no governo do Haiti.

A nota rejeita veementemente qualquer esforço para substituir os acordos de transição, “estabelecidos para abrir o caminho para eleições livres e justas”, programadas para 7 de fevereiro de 2026 e, assim, restaurar a ordem constitucional no país.

“Qualquer nova onda de violência organizada só agravará a crise humanitária existente”, diz o texto, ao destacar que, “a Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou que, em meados de janeiro deste ano, havia 1.041.000 haitianos deslocados internamente, alguns dos quais já estão arriscando suas vidas na tentativa de sair por qualquer meio necessário”



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“Só no último mês, cerca de 60.000 haitianos foram deslocados. O aumento da violência prejudicará apenas aqueles que são menos capazes de se proteger. Isto é absolutamente inaceitável”, aponta a nota.

A entidade vem mantendo as discussões com os parceiros internacionais do Haiti para fornecer urgentemente mais assistência de segurança à ilha caribenha.

“A CARICOM aplaudiu os esforços das forças de segurança do Haiti e do MSS liderado pelo Quênia para estabelecer a ordem e salvar a segurança dos cidadãos haitianos”, afirma o texto.

Organização alerta ameaça de criminosos assumirem Haiti
Haitianos deslocados pela violência encontram refúgio nas ruas da capital, Porto Príncipe
Antoine Lemonnier / OIM

Violência e surto de cólera

Na sexta-feira passada (11/04), o Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas divulgou um alerta sobre a escalada de violência no país sob ataque contínuo de grupos criminosos e em meio a um surto de cólera, que continua a se espalhar.

Segundo a ONU, mais de 1.500 pessoas foram assassinadas e 572 ficaram feridas em um período de três meses. As facções vêm realizando execuções sumárias por onde passam, o que já levou a mais de 1 milhão de deslocamentos desde o ano passado.

Enquanto isso, a cólera avança. Em 29 de março, foram relatadas 1.300 suspeitas da doença. Nove casos foram confirmados e 19 já foram registradas conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Aumentos significativos de casos suspeitos foram relatados em Cité Soleil, em Porto Príncipe, e na cidade de Arcahaie, que incluíram locais de deslocamento onde as condições de vida são muito precárias”, disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.

A resposta à cólera está sendo liderada pelo Ministério da Saúde Pública do país. “Nós e nossos parceiros continuamos a fornecer assistência – incluindo vigilância, suporte laboratorial, gerenciamento de casos, comunicação de risco, vacinação, serviços de água e saneamento e prevenção e controle de infecções”, afirmou.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, OCHA, pediu com urgência apoio para evitar que a crise se deteriore ainda mais.

Com Telesur e ONU News.

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