Mais dez mortos e 197 casos de cólera em Angola nas últimas 24 horas

Os dados referentes às últimas 24 horas dão conta que os óbitos foram notificados nas províncias de Luanda (4), Benguela (3), Cuanza Norte (2) e Icolo e Bengo (1), enquanto os casos foram reportados em Benguela (91), Luanda (48), Cuanza Norte (16), Malanje (15), Bengo (11), Icolo e Bengo (9), Huambo (2), Cabinda (2), Huíla (2) e Cuanza Sul (1).

Desde o início do surto de cólera, um total de 11.737 infeções foram reportadas, das quais 4.903 em Luanda, capital angolana e o epicentro da doença, que afeta 17 das 21 províncias do país.

Quanto aos óbitos, o ponto da situação sobre o surto de cólera feito pelo Ministério da Saúde indica que 448 pessoas morreram, sendo a taxa de letalidade de 3,8%, com Luanda a liderar os óbitos, registando 183 falecidos, seguindo-se o Bengo (109), Cuanza Norte (52), Benguela (46), Icolo e Bengo (27), Malanje (14) e Cuanza Sul (10), com os maiores números.

Nas últimas 24 horas, 152 pessoas receberam alta e encontram-se internadas 1.031 outras com cólera.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola destacou hoje a adoção por Angola de medidas para melhorar o acesso à água potável e combater a cólera.

Segundo a OMS, as autoridades sanitárias, com o seu apoio e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), iniciaram uma missão de mapeamento e tratamento dos principais pontos de acesso à água no país, com o objetivo de identificar as fontes de contaminação, garantir o acesso à água tratada e travar a propagação da cólera.

No âmbito desta missão, em janeiro e fevereiro, 28 técnicos de saúde pública de 15 municípios das cinco províncias mais afetadas receberam formação em mapeamento de fontes de água.

Estes técnicos aprenderam a utilizar ferramentas de georreferenciação para localizar e documentar as fontes de água, recolher dados sobre os casos de cólera e inserir esta informação em mapas, identificando assim potenciais locais de contaminação.

“Isto tornou possível o envio de equipas formadas em tratamento de água, gestão de casos e engajamento comunitário”, declarou a OMS.

Cerca de 320 pontos de água foram mapeados em todo o país, melhorando o acesso da população à água tratada, particularmente nas províncias de Luanda e Icolo e Bengo, que juntas representam cerca de 94% dos casos de cólera e 15% das mortes relacionadas com a doença em Angola.

O representante da OMS em Angola, Indrajit Hazarika destacou a importância dos esforços multissetoriais para acabar com a cólera.

“Graças à liderança multissetorial e ao apoio dos parceiros, temos a certeza de que em breve será possível controlar a contaminação e acabar com a cólera em Angola. No entanto, temos de acelerar o acesso à água de qualidade, melhorar o saneamento, reforçar a prevenção e o tratamento e garantir uma proteção duradoura para evitar que percamos vidas devido a doenças como a cólera”, expressou.

NME // JMC

Lusa/Fim

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