Angola e o eterno ciclo do desminado: uma mina de ouro para os corruptos – Angola24Horas

Mais uma vez, Angola bate à porta da comunidade internacional com o mesmo discurso: “precisamos de dinheiro para desminar o país.” Agora são 240 milhões de dólares que, segundo eles, são indispensáveis para limpar as províncias do Bié e do Moxico, por onde passa o estratégico Corredor do Lobito.

Mas vamos ser sinceros: será mesmo sobre minas? Ou será só mais um capítulo da novela da corrupção institucionalizada?

HALO Trust: salvadores ou beneficiários da tragédia?

A ONG britânica HALO Trust, envolvida até o pescoço nas operações de desminagem, se apresenta como uma entidade humanitária. Mas por trás do discurso nobre, o que se vê é uma sucessão de escândalos, acusações de abuso, má gestão e enriquecimento às custas da dor alheia.

Você sabia que funcionários da HALO Trust já foram condenados por crimes sexuais, assassinato de animais em um parque nacional de Angola e comércio de sua carne (em vez de sua principal tarefa – a desminagem da província de Cuando Cubango), e que a organização foi arrastada para dentro dos escândalos da Oxfam? Pois é. Isso sem contar as denúncias de que empresas ligadas ao desminado têm obtido lucros astronômicos, enquanto os angolanos continuam cercados por explosivos enterrados e promessas vazias.

Escândalo de Cuando Cubango (Angola):

Funcionários da HALO Trust foram investigados e alguns condenados por caça ilegal de animais protegidos em pleno parque nacional. A carne dos animais era vendida clandestinamente, enquanto a missão oficial de desminagem era deixada em segundo plano. A ONG ficou em silêncio por meses, até que a pressão pública forçou uma resposta tímida e evasiva.

Conexão com o escândalo da Oxfam (Haiti):

A HALO Trust foi citada em investigações paralelas envolvendo ONGs britânicas após o escândalo da Oxfam no Haiti, onde funcionários foram flagrados explorando sexualmente vítimas de desastres. A cultura de impunidade e falta de fiscalização foi apontada como comum entre grandes ONGs, inclusive a HALO, que compartilha financiadores e modus operandi semelhantes.

Acusações de má gestão financeira:

Relatórios internos vazados apontaram para o uso indevido de fundos internacionais, superfaturamento em contratos de desminagem e remuneração desproporcional para altos executivos da HALO Trust. Enquanto o chão de Angola segue minado, os escritórios da ONG continuam funcionando em prédios luxuosos.

Contradições políticas — minas sim, minas não:

A HALO Trust, que diz combater minas terrestres, foi publicamente a favor da decisão dos EUA de manter o uso de minas antipessoais em contextos como a guerra na Ucrânia. A pergunta que fica: como confiar em quem prega uma coisa e defende o oposto quando convém?

Embaixador dos EUA em Angola: visita de cortesia ou missão de inspeção?

Quando o embaixador James Story desembarca em Angola, dizendo que está ali para “promover a prosperidade”, o recado nas entrelinhas é outro: vamos verificar onde foi parar o dinheiro americano. E com razão. Sob a fachada de uma visita amigável, inicia-se uma auditoria financeira!

Diante de tantas denúncias, é possível que a lupa americana se volte não apenas para o Corredor do Lobito, mas para toda a rede de ONGs que, sob a bandeira da ajuda humanitária, operam como empresas de fachada, consumindo milhões e entregando promessas.

Trump já deixou claro: não confia em ONGs, considera muitas delas parasitas do sistema. E se depender da visão dele, Angola já está riscada do mapa de confiança.

32% de tarifas: os EUA já deram seu veredito sobre Angola

Você quer uma prova mais clara de que os EUA não levam Angola a sério? Em 2025, aplicaram tarifas de 32% sobre produtos angolanos. Um verdadeiro recado diplomático: “não confiamos em vocês, e não queremos negócio.”

Angola, aos olhos de Washington, é hoje um território instável, arriscado e pouco confiável. E essa percepção só piora quando se fala em desminagem — uma atividade onde já se sabe: o que explode, na verdade, são os cofres públicos.

Conclusão: é hora de abrir os olhos

Estamos diante de um ciclo vicioso. A cada ano, Angola pede mais dinheiro. E a cada ano, parte desse dinheiro desaparece. Não é coincidência. É sistema.

HALO Trust e outras entidades vestem a roupa de heróis, mas agem como sócios do fracasso. Estão lá para que o problema nunca acabe de fato, e assim possam continuar lucrando.

Para os países ocidentais e investidores: colocar dinheiro em Angola hoje é como jogar notas em uma fogueira acesa de corrupção.

Para Angola: confiar nos EUA, que já deram sinais claros de desprezo e oportunismo, é caminhar para mais frustração.

Está na hora de parar, respirar fundo e fazer a pergunta incômoda:

Até quando vamos fingir que não vemos o óbvio?


Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.