

































Duas exposições foram abertas na galeria Anita Schwartz, na Gávea, nessa quarta (09/04): “É da nossa natureza”, da carioca Claudia Melli, e “Quando vires um centauro, acredita nos teus olhos”, da baiana Maria Baigur.
Enquanto Melli traduz em pintura a conexão entre os orixás e a natureza, Baigur explora a fotografia não apenas como uma forma de olhar o mundo, mas também como construção da imagem. Formadas pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, ambas moram e trabalham no Rio.
No térreo, Melli apresenta uma série de pinturas inspiradas no afro-brasileiro de matriz iorubá, com curadoria do babalorixá Márcio de Jagum, em nove trabalhos inéditos com paisagens que evocam a espiritualidade de orixás, como Iemanjá, Oxum, Oxalá, Omolu e Exu.
Lá pelas tantas, raios e trovões anunciavam a chuva, que veio forte – o comentário era que Iansã, retratada ali, chegava para embalar a “gira” das inaugurações. “As obras estão repletas de vida própria; cada uma delas traz seu modo particular de ser pensada, compreendida e realizada. O trajeto não teria sido tão rico como experiência nem como qualidade das obras, não fosse o acompanhamento de Marcio”, diz Melli, que, em fevereiro, abriu a mostra “Respira” na Galerie Virginie Louvet, em Paris, ainda em cartaz.
Baigur ocupa o 2º andar, com curadoria de Fernanda Lopes, com cinco obras que investigam as etapas e os materiais do processo fotográfico: “A fotografia continua sendo a minha principal mídia, é a minha linha de raciocínio. No entanto, passei a explorar o universo dos seus materiais (papel, tinta, moldura, impressora), criando um corpo de trabalho que ainda se relaciona com a fotografia, sem recorrer a imagens fotográficas”, diz.
E assim aconteceu, entre cervejinhas, biscoito Globo, muitos amigos, conversas em dia… E nada de ansiedade climática com a chuvarada: ninguém ficou com medo – rsrsrsrsrsrs!
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