Uruguai em Pânico: ameaças de bomba e “massacre” paralisam shoppings e universidades – Gazeta Brasil
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O Uruguai enfrenta uma onda de ameaças de bomba e “massacre” que paralisaram shoppings e universidades em Montevidéu e outras cidades desde o último fim de semana. As ameaças começaram com o esvaziamento do Montevideo Shopping, um dos mais movimentados da capital uruguaia, devido a uma ameaça de bomba. No dia seguinte, o mesmo ocorreu no Montevideo Shopping e no Punta Carretas Shopping, outro centro comercial popular. Posteriormente, o Portones Shopping, localizado no bairro residencial de Carrasco, também foi ameaçado.
Na quarta-feira (27), as ameaças se estenderam às universidades, levando à suspensão de aulas na Universidade da República (Udelar). Além das ameaças de bomba, um suposto grupo online denominado 764 enviou um e-mail à Udelar ameaçando um “massacre”.
“Olá, pertenço a um grupo online chamado 764. Informo que amanhã irei a uma faculdade da Udelar para cometer um massacre, irei armado com armas de fogo e facas. Tentarei matar o máximo de pessoas possível e depois me suicidarei. Vocês me causaram dor, eu a devolverei aumentada. Eu demonstrarei a todos vocês que nenhuma vida importa”, dizia o texto, divulgado pelo jornal El País.
O e-mail foi enviado com cópia para a Frente Amplio e o Partido Nacional. A mensagem tinha como remetente as iniciais M.B e anexava uma fotografia com cinco armas de fogo, várias facas e balas que formavam o número do suposto movimento.
Ao final do texto, havia um link para um canal do Telegram, que supostamente pertencia ao grupo. A última atividade no canal ocorreu em 11 de novembro de 2021, e o proprietário do canal está inativo há 11 meses. Os usuários compartilham conteúdo pornográfico e relatos de automutilação.
Segundo o jornal uruguaio, o grupo 764 é um movimento online de extorsão infantil criado por um usuário do Discord chamado Bradley Cadenhead nos Estados Unidos em 2021. O FBI emitiu um alerta sobre o grupo em setembro de 2023.
De acordo com o FBI, a organização opera online, principalmente em grupos do Telegram e Discord, e tem como público-alvo menores de 8 a 17 anos. “Essas redes usam ameaças, chantagem e manipulação para coagir ou extorquir as vítimas a produzir, compartilhar ou transmitir ao vivo atos de automutilação, crueldade animal, atos sexualmente explícitos ou suicídio. As gravações são distribuídas entre os membros da rede para continuar extorquindo e controlando as vítimas”, afirma o FBI.
O reitor da Udelar, Álvaro Mombrú, afirmou que não se podia “levar a ameaça recebida pela universidade de forma leviana” e que a situação estava sendo avaliada “minuto a minuto” em conjunto com o Ministério do Interior, responsável pela segurança do país.
“A Universidade da República não permitirá que ameaças anônimas paralisem suas atividades. Continuaremos funcionando”, disse Mombrú. O reitor anunciou que, a partir desta quinta-feira (28), as autoridades da instituição começarão a planejar um protocolo de ação para lidar com essas ameaças. “O país não estava preparado para esse tipo de situação”, expressou.
Outras instituições de ensino também receberam alertas. Na tarde de quarta-feira, por exemplo, o Liceo 1 de San Carlos (Maldonado) suspendeu as aulas após receber um e-mail de uma pessoa que ameaçava ir à escola e “matar o máximo de pessoas possível”, informou o noticiário Telemundo do Canal 12. À noite, a Faculdade de Medicina da Udelar também foi ameaçada novamente.
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