Venezuela: Maduro expulsa funcionários da agência da ONU para os direitos humanos

Com a expulsão prematura de funcionários do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, por parte da administração de Nicolás Maduro, a preocupação aumenta entre os venezuelanos e a comunidade internacional.

A medida surge na sequência de um comunicado emitido pela ONU, em que manifestava “profunda preocupação” com a detenção da ativista venezuelana Rocío San Miguel, conhecida por ser opositora e altamente crítica à administração de Nicolás Maduro. 

Em comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros justifica a decisão como uma resposta à postura “inadequada” e “imparcial” do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. “Tornou-se o escritório de advocacia privado de golpistas e terroristas que conspiram permanentemente contra o país”, afirmou Yvan Gil.

A suspensão irá manter-se até que aquela agência da ONU “retifique publicamente, perante a comunidade internacional, a sua atitude colonialista, abusiva e violadora da Carta das Nações Unidas”, acrescenta o Ministério.

Tal atitude contrasta com a harmonia que prevaleceu nas instalações desse órgão e com a discrição que os delegados da ONU mantiveram, apesar dos constantes abusos dos direitos humanos mais básicos à população venezuelana.

Quase repetindo os argumentos das ditaduras militares da década de 1970 no Cone Sul da América, a administração esquerdista de Maduro tem uma “pele muito sensível” quando se trata de parecer cumprir os preceitos elementares do direito público internacional.

Num ano que se revela politicamente intenso, com as eleições à porta, a Venezuela e os seus cidadãos perdem uma peça fundamental na verificação dos abusos registados pelas Organizações Não Governamentais.

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