“Mostrámos tudo o que se pode mostrar, mas sabemos e conhecemos bem as extraordinárias capacidades que criámos para o combate nos tempos modernos. Aí estão as armas pesadas, a aviação, a defesa antiaérea, a defesa antimíssil de médio e longo alcance, e temos a nossa arma secreta, o povo em armas, a Milícia Nacional Bolivariana e os seus quatro milhões de combatentes”, disse, na sexta-feira, em Caracas.
Durante a intervenção, Nicolás Maduro felicitou o Exército, a Marinha, a Aviação, a Guarda Nacional Bolivariana e a Milícia e lembrou que há 213 anos foi assinada a declaração que tornou a Venezuela e os venezuelanos “irrevogavelmente livres e soberanos de qualquer império colonial”.
O Presidente venezuelano sublinhou: “213 anos depois podemos dizer que temos cumprido, que temos preservado o bem mais apreciado que nos deixaram os libertadores e o comandante Hugo Chávez [presidiu o país entre 1999 e 2013]: a independência. Somos uma pátria livre e soberana, independente e além disso em paz e estabilidade interna”.
“Também mostramos algo da primeira geração de drones de combate que foram criados com a engenharia nacional graças aos nossos oficiais, aos nossos cientistas e à nossa tecnologia e felizmente temos o apoio de países com tecnologia de ponta no combate de drones antidrone a nossa irmã Rússia, a nossa irmã China, o nosso irmão Irão, para que ninguém se engane com a Venezuela”, declarou.
Nicolás Maduro frisou ainda que Venezuela é uma nação de paz, mas advertiu: “somos guerreiros e se queres a paz prepara-te, para a defender, para a conquistar, para a preservar”.
“Jamais tremi perante qualquer ameaça imperial do Norte [Estados Unidos], nem de ninguém, nem de oligarcas nem de fascistas. Está em boas mãos”, disse, referindo-se ao “bastão de comandante chefe das Forças Armadas”.
“Jamais este bastão cairá nas mãos de um oligarca, de um fantoche ou de um traidor. Juro-vos! Nunca as Forças Armadas Bolivarianas terão um ato tão vergonhoso e desonroso”, vincou.
Maduro enviou a mensagem de que não permitirá ao Reino Unido, nem à petrolífera Exxon Mobil despojar o país do território Esequibo, território em disputa com a vizinha Guiana, e instou o Presidente Mohamed Irfaan Ali a sentar-se à mesa de diálogo para resolver em paz os direitos soberanos da Venezuela.
“Nós, latino-americanos, estamos tristes com o que está a acontecer na Argentina (…) na Venezuela pretendem aplicar o mesmo método de [Javier] Milei, que chegou [ao poder] e a primeira coisa que fez foi reconhecer a soberania do Império Britânico sobre as Malvinas, mas não permitiremos”, disse.
“Milei chegou entregando o território sul atlântico da Argentina para uma base militar do Comando Sul [dos EUA]. E isso o que queremos para a Venezuela, transformar o nosso país numa base militar gringo? Eu digo-vos, com o meu bastão [de chefe das Forças Armadas] que a Venezuela nunca será uma base militar de qualquer império, nesta terra sagrada de [Simón] Bolívar”.
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