Nesta segunda-feira, 18 de março, estava previsto o início da atualização do cadastro de eleitores venezuelanos que estão no exterior. O que deveria ter sido um mero ato administrativo, através da internet e com a apresentação do documento de identidade a um funcionário consular, tornou-se numa grande confusão.
De Buenos Aires, Madrid, Barcelona e Santiago do Chile, as enormes filas de venezuelanos ansiosos por participar nas eleições presidenciais de 28 de julho deram lugar a uma enorme frustração, porque dos seus respetivos consulados receberam a mesma resposta: “não temos a máquina, não temos o protocolo, não haverá atualização”.
Para o governo autoritário de Nicolás Maduro, confirmado no fim de semana como “porta-bandeira” do governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), é difícil “facilitar” o registo dos venezuelanos que fazem parte da segunda maior diáspora depois da Síria, sem situação de guerra.
De acordo com estimativas do Gabinete Internacional de Migração, mais de 7 milhões de venezuelanos foram forçados a emigrar a partir de 2017 até à presente data. Estima-se que, apesar do elevado número, este seja ainda superior, já que muitos entram irregularmente nos diversos países.
De Caracas, a líder da oposição María Corina Machado, “desqualificada” para concorrer às próximas eleições presidenciais, declarou “vivemos momentos desafiadores, críticos para o futuro da Venezuela“.
As redes sociais dos venezuelanos no exterior têm navegado entre a esperança e a indignação: consulados como o da Venezuela no Chile “exigem” que o candidato à mudança de domicílio eleitoral seja residente legal nesse país, invalidando a sua condição de cidadão.
No dia 18 de abril termina o processo de mudança de domicílio eleitoral dos venezuelanos no exterior.
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