TICV suspende em definitivo actividade em Cabo Verde

Após ter aprovado inicialmente, a Agência de Aviação Civil (AAC) cabo-verdiana, revogou a decisão, não permitindo o contrato a uma aeronave que iria regularizar a conexão entre ilhas no país.

O avião, que já se encontrava no país, tinha como objectivo suprir a ausência de duas aeronaves que se encontram em manutenção, mas a AAC justificou como “não plausível” o enquadramento da TICV. O regulamento de Cabo Verde relativo a wet leases apenas é permitido em casos de reforço da frota ou da indisponibilidade da mesma em caso de trabalhos de manutenção, sendo que o pedido da companhia aérea está ao abrigo do regulamento local.

“A TCIV agiu e procedeu em conformidade com a regulamentação da aviação civil cabo-verdiana” afirma Nuno Pereira, CEO da BestFly World Wide, accionista maioritária da companhia, que acusa a agência de aviação de ter recebido o pedido, emitido a 01 de Abril de 2024, sob um clima de “desconfiança, lentidão e hostilidade”.

Nuno Pereira reafirma o compromisso que a transportadora sempre assumiu para com o país e a sua população, reconhecendo a importância que a ligação interilhas tem para o país na deslocação de cidadãos e suporte à actividade económica, mas acredita que tem operado perante um “clima de negócios tóxico e punitivo”. Posto isto, a accionista maioritária da empresa decidiu suspender definitivamente a sua operação no país, sugerindo que as autoridades cabo-verdianas façam uma análise de todas as companhias que actuaram no país nos últimos 10 anos, de forma que possa “justificar uma profunda reflexão sobre o ambiente de negócios vivido no país”.

O pedido de suspensão de actividades já foi apresentado perante a AAC, aguardando resposta.