O senador Esperidião Amin (PP) apresentou nesta semana, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, um requerimento para a realização de audiência pública para ouvir a venezuelana María Corina Machado (foto).
O documento é assinado também pelos senadores Sergio Moro (União Brasil) e Hamilton Mourão (Republicanos).
Segundo os parlamentares, o objetivo é esclarecer as razões pelas quais a principal candidata da oposição ao regime de Nicolás Maduro “está impedida de participar das eleições presidenciais na Venezuela”.
“É de conhecimento de todos que a Venezuela é um dos principais focos de tensões na América Latina, atingida com graves crises econômicas e políticas. O País enfrenta há muitos anos sanções econômicas e políticas dos EUA e de países da Comunidade Europeia.
Nossa intenção não está alicerçada em aspirações ideológicas, mas sim, em inúmeras denúncias de abusos de direitos humanos, repressão e suspeição sobre a independência do Judiciário e do processo eleitoral do País vizinho”, diz trecho do requerimento.
O requerimento do senador Espiridião Amin partiu de demanda do Missão Ushuaia, um projeto brasileiro de documentário sobre a Venezuela que se desenvolveu em um grupo de ativismo pela democracia no país caribenho.
María Corina Machado já participou de sessão na Comissão de Segurança Pública do Senado, a iniciativa de Moro, em 2023.
Quem é María Corina Machado?
María Corina Machado foi impedida de disputar a eleição deste ano por perseguição do regime de Maduro.
Vitoriosa nas primárias da oposição em outubro, com quase 90% dos votos, ou mais de 2 milhões de eleitores, ela foi classificada como inelegível pela Suprema Corte venezuelana em janeiro, num processo eivado de evidentes irregularidades e denunciado por órgãos internacionais.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou que as eleições presidenciais deste ano ocorrerão em 28 de julho, aniversário do ex-ditador Hugo Chávez, falecido em 2013.
Líder da oposição venezuelana, María Corina se recusou a participar da consulta iniciada pelo Parlamento para agendar o pleito, classificando-a como uma “manobra” para uma “via eleitoral fraudulenta”.
Na sexta-feira, 22, como mostramos, a líder da oposição da Venezuela anunciou que deixará a disputa das eleições presidenciais de julho e elegeu Corina Yoris Villasana para assumir seu posto. A nova candidata da oposição é uma outsider da política.
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