Lígia Santos assistiu a um treino da equipa feminina dos tricolores; técnica nacional são-tomense reviu Eurídice Bandeira, internacional pelo país e integrada no plantel das amadorenses
O início da semana no Estrela da Amadora foi, ao mesmo tempo, data para os amadorenses receberem uma visita especial: a portuguesa Lígia Santos exerce o cargo de selecionadora nacional da seleção nacional feminina de São Tomé e Príncipe, que vai dando os seus primeiros passos, ainda que seguros, no panorama internacional e visitou o país e, mais concretamente, as instalações do Estrela, tendo assistido à sessão de treino da equipa feminina dos tricolores.
O objetivo primordial da técnica relacionou-se com Eurídice Bandeira, internacional por São Tomé que, no início do presente ano civil, rumou ao Estrela da Amadora, onde já trabalha e aguarda pela próxima temporada para que seja efetivada a sua inscrição. Lígia Santos reviu a sua pupila e foi recebida por André Freitas, técnico das femininas do Estrela, tendo protagonizado uma palestra para todo o plantel estrelista. No final, manifestou a sua satisfação junto de A BOLA.
«Sou luso-santomense e visitei Portugal recentemente. Observei algumas jogadoras, mas o intuito principal era fazer o acompanhamento à integração da Bandeira no Estrela da Amadora, clube que carinhosamente a recebeu e onde se encontra atualmente a treinar. Fiquei agradavelmente surpreendida pelo esforço e dedicação de uma equipa de trabalho jovem, mas já com alguma experiência, que faz muito com os recursos possíveis num clube que está a dar os primeiros passos no futebol feminino», elogiou.
Lígia Santos lembrou que Eurídice Bandeira é a primeira jogadora internacional por São Tomé e Príncipe a deixar o país com o objetivo de jogar no exterior e relevou a importância que esta terá para o seu próprio país. «Já existem alguns jogadores masculinos que saíram para jogar no exterior e a Bandeira é a primeira atleta internacional feminina a faze-lo. É um grande passo no desenvolvimento do futebol feminino em São Tomé e Príncipe», sublinhou.
A selecionadora nacional da nação africana acredita que Eurídice Bandeira pode vir a ser uma referência para a sua geração em São Tomé, mas também representar uma sinergia com o futebol português e mais concretamente com o próprio Estrela como a primeira de várias jogadoras do país a emigrar rumo à Europa. «A Bandeira já é uma referência para algumas jovens jogadoras da sua geração e obviamente que esta oportunidade está a despertar algumas atenções», salientou ainda.
«Isso é muito bom, porque ainda existem muitos talentos por descobrir no futebol feminino em São Tomé e Príncipe. Através da Bandeira, poderão abrir portas para que num futuro próximo essa sinergia com o futebol feminino português seja possível e obviamente contamos com o Estrela da Amadora para isso. O meu desejo é que a Bandeira seja a primeira de muitas», finalizou, satisfeita pelo percurso da guarda-redes que conta com internacionalizações sub17, sub20 e pela seleção nacional A do país.
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