Um estudo que acompanhou pacientes por 14 anos foi capaz de comprovar aquilo que no fundo já sabemos: ter uma vida saudável afasta o risco de morte prematura.
A investigação publicada nesta quarta-feira (29/5) no Journal of the American Heart Association foi capaz de demonstrar em números os impactos da adoção de oito hábitos: eles ajudam a diminuir as chances de óbito, especialmente por causas cardíacas, em quase 40%.
Oito hábitos para manter uma vida saudável
Após observar os históricos de saúde e exames de milhares de voluntários, os cientistas chegaram a uma lista de hábitos que foram considerados efetivos afastar o risco de morte prematura:
- Comer melhor: tente integrar o máximo de frutas e vegetais, proteínas magras, nozes e sementes à dieta;
- Ser fisicamente ativo: pratique ao menos 150 minutos de atividade física moderada por semana;
- Não fumar: não experimente cigarro e se já o tiver feito, procure ajuda para deixá-lo;
- Ter bons hábitos de sono: durma de 7 a 9 horas de sono todas as noites;
- Controlar o peso: mantenha um índice de massa corporal (IMC) entre 18,5 e 25. Para calcular o IMC, divida o peso pelo quadrado da altura;
- Controlar o colesterol: faça exames de sangue periódicos para monitorar o seu colesterol não HDL, que acaba se acumulando nas artérias;
- Manter a pressão arterial saudável: mantenha a pressão em, no máximo, 12 por 8. Se a pressão variar com frequência, é bom consultar um cardiologista;
- Manter índices controlados de açúcar no sangue: os exames de sangue devem monitorar também a hemoglobina A1c, que pode refletir o controle da glicose em pessoas com diabetes ou pré-diabetes.
Os pesquisadores analisaram os dados de 3.693 pessoas que participaram do Framingham Heart Study, um estudo que acompanhou por décadas a saúde de um grande grupo de pessoas nos Estados Unidos para comprovar a ligação de doenças cardíacas com a genética.
No novo levantamento, os participantes foram divididos em grupos com notas de 0 a 100 em relação aos seus níveis de adoção dos hábitos de saúde física. A medida que eles ganhavam mais pontos, os riscos de morte diminuiam, sem importar a herança familiar deles.
Para cada aumento de 13 pontos na pontuação dos hábitos, houve um risco 35% menor de doença cardiovascular e 36% menor nas mortes por essa causa. Os riscos de óbito em geral foram cortados em 29%.
Melhores dietas para comer saudável
A pesquisa mostrou que em todos os grupos populacionais a adoção dos hábitos saudáveis levou a uma maior expectativa de vida. As pessoas que tinham genética prejudicial, entretanto, tiveram resultados mais expressivos: aqueles com histórico familiar que poderia levar a doenças cardíacas foram os mais beneficiados por uma vida saudável.
“Nosso estudo mostrou que pessoas com alta chance genética de envelhecer mais rápido e ter mais doenças podem modificar o risco com o qual nasceram”, afirma o cardiologista Jiantao Ma, autor principal do estudo.
Embora o código genético que nos forma seja fixo, ele não é inteiramente “ligado”. Fatores ambientais modificam a expressão desses genes os tornando mais ou menos presentes.
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