“Se tivéssemos dinheiro, estaria despedido”

Depois de já terem falhado o apuramento para o Campeonato do Mundo de 2022, a Nigéria, treinada por José Peseiro, não arrancou a qualificação para o Mundial de 2026 da forma ideal. Os dois empates a uma bola, na receção ao Lesoto e na visita ao Zimbabué, deixam as Super Águias no segundo lugar do Grupo C, atrás da África do Sul com menos um jogo, que ocupam o primeiro e único lugar de apuramento direto para a fase final da competição.

Face aos maus resultados, Essien, membro da Federação de Futebol Nigeriana, admitiu que José Peseiro não tem condições para orientar a equipa e a falta de meios é a única coisa que impede o português de ser despedido.

“Se tivéssemos dinheiro [para indemnizar Peseiro], estaríamos dispostos a demiti-lo do seu cargo, não estamos satisfeitos. Toda a gente está a pedir que o treinador seja despedido. É mau que em seis pontos possíveis apenas tenhamos dois. Estamos numa situação precária”, referiu, em declarações confirmadas pela agência de notícias AFP. 

De recordar que, no último verão, a continuidade de José Peseiro no comando da seleção nigeriana dependeu da vontade dos adeptos, através de chamadas telefónicas pagas. Apesar dos salários em atraso, o técnico luso manteve-se no leme das Super Águias.

José Peseiro orienta a Nigéria desde maio do ano passado, tendo apurado a seleção para a Taça das Nações Africanas de 2024, disputada entre janeiro e fevereiro, onde vai enfrentar a Guiné Equatorial, a Costa do Marfim e a Guiné-Bissau na fase de grupos.