São Tomé e Príncipe – Voluntária de Moura parte em missão solidária

Eva Molho, natural de Moura, é uma das 16 voluntárias que parte em missão solidária no próximo dia 02 de março para São Tomé e Príncipe, através da Amwêlê – Associação de voluntariado e empreendedorismo de amigos de São Tomé e Príncipe.

São 10 dias longe da família, dos amigos e da sua zona de conforto, com sentimentos que se dividem já entre a saudade e uma vontade maior de ajudar quem mais precisa, mas com uma certeza: “Esta experiência será muito gratificante e grandiosa para mim”, afirmou a Assistente Social que se estreia no voluntariado com esta viagem, além do mais num país africano. “Tomo esta decisão porque quero fazer a minha parte. Por pouco que seja, certamente fará a diferença na vida de alguém, mas a retribuição será muito maior porque ‘as mãos que doam nunca ficam vazias’”, referiu durante a entrevista à Planície.

O trabalho do grupo incidirá sobretudo junto de jovens de uma escola secundária e de crianças de três escolas primárias e quatro creches, onde serão doados os bens angariados. “A finalidade é a de ajudar crianças, famílias e comunidades são-tomenses, quebrar o ciclo de pobreza e conseguir dar-lhes uma vida mais humanizada”, explicou a mourense, em que as principais áreas onde incide esta missão assentam na “educação, saúde e comunidade”.

Na bagagem, leva mais de 2500 peças de roupa para criança, perto de 158 pares de calçado e cerca de 690 artigos de higiene, graças aos muitos donativos feitos por pessoas do concelho de Moura a quem agradece, referindo “que a nossa comunidade é muito solidária”.
Depois desta experiência onde se irá juntar ao grupo mais uma voluntária da região, mas do concelho de Vidigueira, Eva Molho sabe que se abre uma porta para outras missões do género. A próxima será em outubro e as doações que serão feitas é de material escolar, artigos que também já conseguiu reunir para apoiar as crianças daquele país de África.

A Associação Amwêlê foi criada em 2019 por um grupo de viajantes que se apaixonaram por São Tomé e Príncipe e que rapidamente perceberam que podiam fazer a diferença na vida dos mais necessitados. Até ao momento, já ajudou mais de 700 pessoas a ter uma vida mais digna e humana.