São Tomé e Prícipe termina 2023 com recessão económica

São Tomé e Príncipe termina o ano de 2023 com uma recessão económica e a registar uma inflação elevada. As conclusões são do governador do Banco Central do arquipélago, Américo Ramos, que afirma que a situação se deve à falta de um acordo com o Fundo Monetário Internacional e ao facto do país depender da ajuda externa.

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Em declarações à agência de notícias Lusa, o governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe reconhece que o país volta a terminar o ano com uma recessão económica.

“À semelhança de 2022, o ano de 2023 termina com o nosso país a enfrentar uma recessão económica, uma inflação ainda elevada e aprofundamento da crise das reservas externas”, refere.

Américo Ramos explica que esta situação se deve à falta de um acordo com o Fundo Monetário Internacional e ao facto do país depender da ajuda externa.

“São Tomé e Príncipe é ainda muito dependente de recursos externos e, por isso, a não existência de um programa com o Fundo Monetário Internacional na conjuntura mundial actual- foi a maior limitação para a nossa economia, quando tudo fazia prever que 2023 seria um ano de recuperação”, nota.

Ainda assim, o responsável admite que apesar do país registar uma taxa de inflação elevada, este valor vai de encontro ao que é verificado na União Europeia.

“A propósito do incremento do custo de vida, o país registou, até Novembro de 2023, uma inflação homóloga de 16,6%, embora ainda elevada, sinalizando uma tendência de desaceleração quando comparado aos 24,6% registados em 2022. Este valor está em linha com aquela que é verificada à escala global, particularmente na União Europeia”, detalha.

O governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe prevê uma desaceleração da inflação no país, sublinhando que as reformas adoptadas pelo executivo nos sectores agrícola e piscatório e a estabilização dos preços na zona euro irão contribuir para esta descida.

“Para o ano de 2024, a taxa de inflação homóloga continuará a sua trajectória de desaceleração e fixar-se-á em 10,2%, em resultado, por um lado, da implementação de reformas nos sectores agrícola e piscatório, por outro lado, devido à estabilização dos preços na zona euro” conclui.

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