Um relatório da OCDE revela uma lacuna entre os ganhos reais dos trabalhadores portugueses e o crescimento da produtividade ao longo das últimas duas décadas. Apesar dos esforços para vincular os aumentos salariais à produtividade, os dados indicam que, na maioria dos casos, os ganhos de produtividade não se traduzem em aumentos correspondentes nos salários.
Desde 1995, a massa salarial real em Portugal cresceu 39%, enquanto a produtividade aumentou 49,9%, mostrando uma disparidade entre salários e resultados económicos. Essa divergência é observada desde pelo menos o ano 2000, acentuando-se durante os anos da troika e persistindo até aos dias de hoje, revela o ‘Negócios’.
Embora tenha havido uma aproximação das trajetórias de salários e produtividade a partir de 2019, os dados mais recentes revelam um aumento nas diferenças em 2022. Nesse ano, apesar da recuperação da pandemia, a inflação mais alta em três décadas resultou numa queda real na massa salarial média por trabalhador de 3,3%, aumentando novamente a lacuna entre salários e resultados económicos.
Esses resultados destacam a necessidade contínua de medidas para garantir uma distribuição mais equitativa dos benefícios do crescimento económico entre os trabalhadores portugueses, reforçando a importância de políticas que promovam uma relação mais estreita entre os ganhos de produtividade e os salários.
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