Robô subaquático de alta tecnologia é utilizado durante buscas por PM desaparecido em mangue; entenda | Santos e Região

Um robô subaquático passou a auxiliar nas buscas pelo PM Luca Romano Angerami, desaparecido há dez dias em Guarujá, no litoral de São Paulo. Segundo apurado pelo g1, o equipamento atua embaixo d’água com câmera e um sonar, que identifica objetos e obstáculos submersos por meio da reflexão das ondas do som.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, o Remotely Operated Vehicle (ROV) é uma tecnologia utilizada pela equipe de mergulho do Comandos e Operações Especiais (COE), da Polícia Militar, há um ano para a varredura em cascos de navios com o objetivo de localizar drogas.

O equipamento possui um sonar que possibilita mapear o fundo das águas por meio do som e está sendo utilizado para auxiliar nas buscas pelo Soldado da PM desaparecido.

O robô faz o mapeamento da área por onde passa para indicar existência de materiais que não se integram às características do local. Conforme apurado pela reportagem, esse é o único equipamento com este tipo de sonar no Brasil.

O equipamento está sendo usado para fazer uma varredura numa área de mangue de Guarujá. Além da nova tecnologia utilizada, as buscas por Luca também ocorrem na mata com apoio de cães farejadores.

Uma ossada humana foi encontrada, na segunda-feira (22), por policiais na comunidade Vila Baiana, em Guarujá, durante as buscas pelo PM Luca.

A comunidade fica a aproximadamente 5 km de distância do local em que o PM foi visto pela última vez. Conforme apurado pelo g1, perto dos restos mortais foram encontradas uma camiseta preta e um projétil de fuzil deflagrado.

Apesar de a roupa ser semelhante a usada pelo soldado da PM no dia do sequestro, uma fonte da Polícia Civil disse não acreditar que a ossada seja de Luca, pois, mesmo se tivesse sido morto no dia do desaparecimento, não seria possível o corpo chegar a tal estágio de decomposição. As investigações continuam.

A Polícia Científica foi acionada para realizar a perícia no local onde a ossada foi achada. Análises serão feitas para identificar a vítima. O caso foi registrado no DP Sede de Guarujá.

Na terça-feira (16), as polícias Civil e Militar receberam denúncias de que Luca havia sido morto e deixado na comunidade Pantanal, em Guarujá (SP). No local, os agentes encontraram um corpo em uma cova rasa e com roupas semelhantes às usadas pelo PM no dia em que ele sumiu.

O cadáver estava em uma área de mata. A Polícia Científica foi acionada e constatou que os restos mortais eram de outra pessoa, que ainda não identificada.

Câmeras de monitoramento filmaram o PM Luca Romano Angerami, de 21 anos, sendo acompanhado por um homem antes de desaparecer. O vídeo foi registrado, segundo a Polícia Civil, próximo a uma ‘biqueira’, como são conhecidos os pontos tráfico de drogas (assista abaixo).

As imagens, obtidas pela TV Tribuna, emissora afiliada à Globo, mostram quando Luca chega em uma rua na comunidade em um carro de cor prata. O veículo era semelhante ao automóvel dele, que foi encontrado abandonado na Rodovia Cônego Domênico Rangoni.

Após o carro ser manobrado na via, o PM saiu do veículo. Luca vestia uma camiseta preta e calça jeans – como as roupas que usava na adega. Ele também estava ‘acompanhado’ de perto pelo outro homem, que usava bermuda branca e uma camiseta vermelha. Os dois entram em uma rua e, em seguida, não são mais vistos.

Antes de ir à biqueira, o PM foi registrado pelas câmeras de monitoramento de uma adega na comunidade Santo Antônio. Nas imagens acima é possível ver Luca com um homem e uma mulher, enquanto tomava uma cerveja.

Um dos trechos mostra o jovem no caixa ao lado do mesmo homem. Ele faz um pagamento com o cartão e o rapaz que o acompanha pega o que parecem ser copos plásticos. Em seguida, os dois viram as costas e se afastam da fila.

Depois que Carlos Vinicius foi detido, a polícia identificou mais suspeitos envolvidos, com base no depoimento e mensagens.

Na sexta-feira (19), quatro foram presos. Cada um teria uma responsabilidade: um teria ficado com a arma de Luca; outro seria o dono da biqueira; um suspeito de abandonar o carro, e outro dirigido com o PM até a comunidade.

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