Ari Miranda
Única News
O Rio Paraguai, principal rio que abastece o Pantanal mato-grossense, atingiu nesta quarta-feira (17) seu menor nível de água já registrado para o mês de julho em 59 anos, segundo dados do Sistema de Alerta Hídrico, do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
Na cidade de Cáceres (220 km de Cuiabá), que depende do rio para o abastecimento hídrico e o turismo ecológico, a travessia, que antes era feita apenas embarcada, hoje pode ser feita à pé, uma vez que em alguns pontos do Paraguai, a água está com apenas 72 centímetros de profundidade, enquanto a mínima histórica para o mês é de 80cm.
Enquanto isso rio acima, em Barra do Bugres (181 Km de Cuiabá), cidade que também depende do manancial para subsistência, a situação é ainda pior. Por lá, o nível do rio registrou apenas 43 centímetros de profundidade, que também é o mais baixo registrado no histórico de monitoramento para o mês.
De acordo com os dados do SGB, na última semana, o acumulado de chuva na Bacia do Rio Paraguai foi de apenas 2 milímetros. A previsão para os próximos dias é que a região ainda continue sem chuva, algo comum neste período do ano em Mato Grosso.
Conforme o Serviço Geológico do Brasil, o nível baixo representa uma ameaça real à segurança hídrica dos municípios de Mato Grosso.
“Temos níveis próximos ou abaixo das mínimas históricas para o período em praticamente todas as estações monitoradas na bacia”, alertou o pesquisador em geociências do SGB, Mauro Campos Trindade.
Ainda conforme o boletim, o cenário é de piora para os próximos dias. Segundo estimativas do SGB, a previsão é de que o nível em Cáceres atinja apenas 45 centímetros de profundidade em Cáceres.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) emitiu um alera de 13 pontos críticos de navegação. Contudo, a Capitania Fluvial de Mato Grosso, órgão da Marinha do Brasil, informou que a navegação no rio ainda está ocorrendo.
No início de julho, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) já havia instituído um regime de controle especial do uso da água na Bacia do Rio Paraguai em razão da seca histórica. Com isso, estão sendo priorizados os volumes mínimos necessários para abastecimento humano.
Até o momento, as Prefeituras de Cáceres e Barra do Bugres não emitiram nenhum posicionamento ou alertas relacionados à crise hídrica no Rio Paraguai.
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