Raparigas dispostas a sacrificar até 5 anos de vida para atingir ideal de beleza

A Dove celebra 20 anos de “Beleza Real” e afirma-se enquanto marca que aposta na democratização da beleza. Refere ter sido pioneira no tema ao lançar, em 2004, a primeira campanha com este mote. Na altura, a marca percebeu que apenas 2% das mulheres se consideravam bonitas. À data de hoje, a Dove chegou a novas conclusões.

O estudo indica que há uma nova problemática que está a ameaçar a “beleza real”: a crescente proliferação de imagens geradas por Inteligência Artificial (I.A.). A marca concluiu que 1 em cada 5 mulheres estaria disposta a perder 1 ano de vida para atingir o seu ideal de beleza e que 6 em cada 10 tem baixa autoestima. A situação agrava-se quando se trata das camadas mais jovens. 1 em cada 5 raparigas até aos 18 anos estaria disposta a sacrificar até 5 anos de vida para atingir o mesmo ideal.

O estudo revela ainda outros dados que estão em linha com algumas conclusões de anos anteriores: 1 em cada 2 mulheres reconhece que existem influenciadoras completamente geradas por Inteligência Artificial e mais de 70% considera que a forma como as mulheres são retratadas em videojogos, por exemplo, contribui para ideais de beleza irrealistas. Estes são alguns perigos da Inteligência Artificial associados à recriação das mulheres.

Mas não são os únicos a que se deve ter atenção. Também as redes sociais acabam por ter um papel determinante na forma como as mulheres e jovens se percecionam, e na forma como constroem os seus ideais de beleza. Aqui, as influenciadoras acabam por desempenhar um papel de “indicadoras de beleza ideal”.

No estudo desenvolvido este ano pela marca, foi possível perceber que, até aos 30 anos, 1 em cada 4 mulheres diz ser influenciada a realizar procedimentos estéticos para mudar a sua aparência após ver os resultados desses procedimentos em influenciadoras. Uma realidade que se intensifica novamente nas faixas etárias mais novas. Até aos 22 anos, metade das jovens afirmam ser influenciadas a experimentar produtos e tratamentos cosméticos que as influenciadoras recomendam nas redes sociais.

Com o objetivo de manter e reforçar o compromisso para com as mulheres, Dove lançou a campanha “The Code”, que pretende alertar para a necessidade de uma maior representatividade da beleza real nestas plataformas.

A marca compromete-se a não utilizar I.A. nas suas campanhas – #KeepBeautyReal -, e criou ainda um guia para ajudar o utilizador destas ferramentas e aplicações de IA a gerar imagens mais reais e representativas das mulheres.

“Dove começou a falar de Beleza Real quando assumiu o seu propósito de tornar a beleza uma fonte de confiança e não de ansiedade […] Nos primeiros anos, a mensagem era sobretudo dirigida aos media e à indústria publicitária, mas com a transferência do poder da criação de conteúdos a passar para a ponta dos nossos dedos, tornou-se imperativo educar e sensibilizar cada indivíduo para a necessidade de não ajudar a propagar padrões irrealistas de beleza” – afirma Maria Matos, responsável pela marca Dove em Portugal.

A responsável da marca refere ainda que, hoje em dia, todos contribuímos com os conteúdos que partilhamos, quer seja no uso de editores de imagem, filtros ou, mais recentemente, no recurso à inteligência artificial, que diz ser uma ameaça real que afeta a autoestima das mulheres.

A campanha The Code será lançada no Jardim da Estrela, dias 29 e 30 de junho, num evento que contará com a presença de Carla Andrino, Carolina Deslandes e Isabel Silva.


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