prisão de assessor da oposição preocupa os EUA

Os Estados Unidos mostraram-se preocupados com a prisão de Milciades Ávil, assessor da líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado. O governo da Venezuela o prendeu nesta quarta-feira, 17.

+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste

O país norte-americano considera que a detenção vai contra o acordo político estabelecido em 2023, entre o governo e a oposição, para as eleições presidenciais do dia 28 de julho.

O acordo garante o cumprimento das regras democráticas na Venezuela para ambos os lados. As negociações foram lideradas por Maduro e pelo presidente Joe Biden, no fim do ano passado. O pacto foi estabelecido depois de anos de perseguição política do ditador venezuelano.

Com o ocorrido, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou que a Casa Branca vai cooperar para estabelecer um processo eleitoral democrático na Venezuela. A ação deve contar com o apoio de outras nações.

Oposição afirma que o governo da Venezuela sequestrou o chefe de segurança

De acordo com as declarações da oposição, o assessor foi sequestrado pelo governo venezuelano, nesta quarta-feira, 17. A prisão de Milciades Ávil aconteceu a 11 dias do pleito presidencial.

“Foi sequestrado o chefe de segurança de María Corina Machado, Milciades Ávila”, escreveu o partido de Corina, Vente Venezuela, no Twitter/X. “Na madrugada de hoje, funcionários do regime entraram à força na casa onde ele se encontrava, violando todo o procedimento legal.”

Conforme explicou os opositores, o crime cometido pelo assessor teria sido violência de gênero. Ávil é um ex-policial militar que trabalhava com Corina há 10 anos.

Depois que a líder se tornou inelegível para disputar o pleito, ele também passou a fazer segurança de Edmundo González. Nesse meio tempo, o político entrou no lugar de Maria para disputar a cadeira presidencial.

“Seu suposto delito?”, perguntou Perkins Rocha, assessor legal da campanha. “Ter protegido María Corina e Edmundo em La Encrucijada de Cagua, Aragua, colocando-se à frente de uma deputada estadual e uma funcionária da Prefeitura de Mariño, sem tocá-las, que queriam agredi-los enquanto comiam sanduíches de pernil.”

Na madrugada desta quinta-feira, 18, Corina teve seu carro vandalizado. Ela registrou e divulgou o caso no Twitter/X. Os criminosos mancharam a pintura do veículo e também cortaram as mangueiras de freio.

Leia mais: “Falsas premissas”, matéria de Adalberto Piotto publicada na Edição 225 da Revista Oeste