Portugal recebeu o maior número de sempre de navios de GPL. Três foram russos

Regulador informa que chegaram a Sines 70 metaneiros, em 2022, o valor mais elevado de sempre. Nigéria, Estados Unidos e Trindade e Tobago foram principais fornecedores

No ano passado, chegaram ao Terminal de Sines 70 navios metaneiros que realizaram operações de descarga de gás natural liquefeito (GNL). Segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), este foi o valor mais elevado de sempre e, comparativamente a 2021, representa um aumento de 9,4%.

De acordo com o relatório sobre a qualidade de serviço do setor, divulgado esta segunda-feira, o volume de gás descarregado no terminal de GNL, em 2022, correspondeu a 9408.547 metros cúbicos, tendo a Nigéria representado 50% do total das entregas, com a chegada de 34 metaneiros.

Dos Estados Unidos chegaram 24 descargas de GNL, representando 34% das entregas, ao passo que de Trindade e Tobago chegaram oito metaneiros. Da Rússia, chegaram ao Terminal de Sines três descargas e da Guiné Equatorial foi apenas registada uma entrega de GNL.

A ERSE indica que o valor total da energia descarregada no Porto de Sines traduziu-se em 63,3 terawatts-hora (TWh) de gás natural liquefeito (GNL), tendo o terminal de Sines injetado na Rede Nacional de Transporte de gás aproximadamente 59,9 TWh.

Apesar de o número de recargas ter alcançado o patamar mais elevado, o número de enchimentos de cisternas de GNL diminuiu 12,4% face a 2021. O regulador informa que, no ano passado, o Terminal de GNL abasteceu 6.592 cisternas, correspondentes a 1,9 TWh, incluindo cerca de 0,4 TWh destinados à Região Autónoma da Madeira. Também o tempo médio efetivo de enchimento registou uma redução de 5,3% e 0,4%, respetivamente, face ao ano 2021.

“Os indicadores de continuidade de serviço reportados em relação ao Terminal de GNL de Sines estão em linha com os dos anos anteriores, detetando-se algumas variações e refletindo a evolução do funcionamento do próprio terminal, quer em termos de número de navios metaneiros descarregados e carregados, bem como o número de enchimentos de cisternas”, lê-se no relatório da ERSE.

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