Portugal e Angola. Uma relação “profunda”, com muito futuro para construir

O Primeiro-Ministro, Luís
Montenegro, recebeu esta sexta-feira em São Bento o Presidente da República de
Angola, João Lourenço, destacando no final o “simbolismo” da presença em
Portugal do chefe de Estado angolano, por ocasião das celebrações dos 50 anos
do 25 de Abril.

 Numa declaração após o encontro,
Luís Montenegro sublinhou a “relação histórica e cultural extremamente profunda
que une o povo angolano e português e que une também o Governo de Portugal e a
Presidência da República de Angola”- e que o Primeiro-Ministro português quer
aprofundar.

 “Tive ocasião de dar ao Presidente
de Angola uma panorâmica das nossas intenções de manter este percurso de
relação próxima, em muitas áreas, da Cultura à Educação, às relações
económicas, que temos todo o interesse em aprofundar também”, disse Luís Montenegro,
lembrando que há muitas empresas portuguesas a “atuar em áreas prioritárias,
estratégicas, em Angola: no setor agroalimentar, têxtil, farmacêutico,
turístico, na construção, nas energias renováveis, em áreas tecnológicas”.
“Temos muito interesse em continuar a trilhar esse caminho comum”, referiu o
Primeiro-Ministro. Um caminho que passa por promover a atividade das empresas
portuguesas em Angola, mas também por propiciar às empresas angolanas idênticas
oportunidades em Portugal.

 Com uma relação de cooperação e
amizade entre os dois países que permite “olhar para aquilo que fizemos, mas
sobretudo para aquilo que vamos fazer”, Luís Montenegro defendeu também que
Portugal e Angola devem agir não só num plano bilateral, mas também multilateral,
nomeadamente “no quadro da relação de Angola com a União Europeia, da CPLP
[Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], no quadro das Nações Unidas e no
quadro do G20, já que ambos fomos convidados pelo Brasil para poder participar
nos trabalhos do G20” [grupo que reúne as maiores economias do mundo e é
presidido, este ano, pelo Brasil]. 

Angola apoia Portugal para o
Conselho de Segurança da ONU

A cooperação entre os dois países
no plano global foi também um ponto destacado pelo chefe de Estado angolano
que, lembrando que Portugal é candidato ao Conselho de Segurança das Nações
Unidas, deixou expresso o apoio de Angola: “Como é óbvio, Angola vai apoiar
essa candidatura para 2027/28.”

Sem deixar de evocar uma permanente
obrigação de fazer mais, João Lourenço considerou que as “relações entre os
dois países estão no seu melhor” e anunciou que convidou o Primeiro-Ministro
português a visitar Angola proximamente. 

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