Poço de petróleo descoberto pela Galp abastece Portugal durante mais de 140 anos

A Galp informou os investidores, no passado domingo, que a reserva de petróleo na Namíbia, na primeira fase de testes da campanha Mopane, tem potencial para ser uma “descoberta comercial importante”. Esta dá para abastecer Portugal durante mais de 140 anos, de acordo com as contas divulgadas pelo Correio da Manhã esta terça-feira.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa explica que “só no complexo de Mopane e antes de perfurar poços adicionais de exploração e avaliação, as estimativas de hidrocarbonetos no local são de 10 mil milhões de barris de petróleo equivalente, ou mais”.

As descobertas de petróleo da Galp na Namíbia juntaram-se às efetuadas ao largo da nação do sudoeste africano. Nos últimos dois anos, as grandes petrolíferas Shell Plc e TotalEnergies fizeram descobertas que transformaram o país pouco povoado num ponto de referência para a exploração no continente.

A Galp, sediada em Lisboa, é o operador com 80% da área da licença da Namíbia. A National Petroleum Corp. of Namibia, ou Namcor, e a Custos detêm cada uma participações de 10%.

Subida das ações

As ações da Galp valorizaram, na segunda-feira, 16,61% para 18,71 euros, depois de a petrolífera ter anunciado a descoberta. Esta é uma reação natural, consideram os analistas consultados pela Lusa, que apontam dois cenários possíveis. Um deles passa pela venda do projeto.

Se a empresa optar por vender uma parte ou a totalidade do projeto, que detém em 80%, pode arrecadar um grande valor de capital a curto prazo, que poderá utilizar noutros projetos ou distribuir com os seus acionistas. O administrador operacional da ActivTrades Brasil, Mário Martins, realçou que “quando ocorre uma descoberta efetiva, a empresa rentabiliza uma parte substancial do seu investimento, nem que seja de forma potencial”.

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No caso de a empresa colocar à venda parte ou a totalidade do projeto, isto “vai permitir efetivar uma parcela dessa rentabilização, para além de reduzir o risco”, explicou o analista. “Do mesmo modo, a confirmação dessas reservas fornece matéria-prima para mais uns largos anos de operação da empresa, criando assim expectativas adicionais de lucros futuros”, acrescentou Mário Martins.

O outro cenário passa pela exploração daquela reserva na Namíbia, que vai permitir um incremento de cash flow futuro bastante grande, visto que esta reserva tem enorme potencial.

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