Operação do Brasil retira 7 brasileiros e 1 alemã do Haiti com helicóptero; país vive crise de violência | Mundo

Operação do Brasil retira 7 brasileiros e 1 alemã do Haiti com helicóptero

O governo do Brasil anunciou nesta quarta-feira (10) que retirou sete brasileiros e uma alemã que estavam no Haiti. Segundo o texto divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, foi preciso fazer isso porque o aeroporto de Porto Príncipe está fechado e há um “agravamento da situação de segurança” (leia mais abaixo).

Para retirar as oito pessoas, o governo do Brasil organizou dois voos de helicóptero até a cidade de Jimaní, que fica perto da fronteira com a República Dominicana. De lá, as pessoas foram recebidas por funcionários da embaixada do Brasil e levadas até a capital, São Domingos.

Na operação de resgate foi incluída uma cidadã alemã idosa, por razões humanitárias. Segundo o texto do Itamaraty, isso ocorreu “a pedido e às custas do governo alemão”.

Outros 59 brasileiros identificados pela embaixada em Porto Príncipe “decidiram permanecer no país ou optaram por sair por meios próprios”, afirma a nota.

Foto do perfil do Itamaraty em redes sociais mostra brasileiros que foram retirados do Haiti e levados para a Republica Dominicana — Foto: Reprodução/@ItamaratyGovBr

O Haiti está sem governo e enfrenta uma onda de violência das gangues. A violência desses grupos, que controlam mais de 80% da capital, agravou a crise humanitária no Haiti, onde há escassez de comida, medicamentos e outros produtos básicos.

Policiais haitianos em Porto Príncipe, em 8 de abril de 2024 — Foto: Clarens Siffory / AFP

O país não realiza eleições desde 2016 e sofre há anos com instabilidade política e insegurança. A situação piorou desde o fim de fevereiro, quando várias gangues se aliaram para atacar delegacias, prisões, sedes do governo e o aeroporto.

Ariel Henry, o último primeiro-ministro haitiano, que renunciou em 11 de março. Ele havia viajado ao Quênia, mas, devido à insegurança na capital Porto Príncipe, não pôde retornar a seu país.

Acordo para formar um novo governo

Líderes políticos do Haiti firmaram na segunda-feira (8) um acordo político para formar um conselho presidencial de transição por 22 meses, e esperam agora ser investidos pelo Poder Executivo para poder restaurar a ordem no país,

Esse conselho terá nove membros (sete com direito a voto e dois observadores) e será integrado por representantes dos principais partidos do país, assim como do setor privado e da sociedade civil. O mandato está previsto para terminar em 7 de fevereiro de 2026, segundo o documento do acordo.

O primeiro trabalho do conselho será justamente eleger um novo primeiro-ministro que, em colaboração com o conselho, designará o governo encarregado de conduzir o país para “eleições democráticas, livres e críveis”, segundo o acordo.

Nenhum dos membros do conselho ou do governo poderá se candidatar nessas eleições.

Sem governo e dominado por gangues, Haiti passa por nova crise política e humanitária

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