Numa conferência de imprensa em Caracas, o presidente do Foro Penal disse que este número inclui 20 mulheres e 249 homens e que “a maioria dos presos políticos continua a ser do sector militar”.
Alfredo Romero explicou que, desde 2014, “quase 16.000 pessoas passaram por prisão política e mais de 9.000 ainda estão submetidas a medidas cautelares relacionadas com a sua liberdade, que incluem a proibição de sair do país, a apresentação periódica perante um tribunal e com processos judiciais pendentes”.
“Isto é importante porque estas pessoas estão dentro de um esquema, digamos, não de detenção política, mas de restrições à sua liberdade”, frisou.
Por outro lado, Romero explicou que, em dezembro, foram libertados 20 presos políticos e “10 cidadãos de nacionalidade norte-americana que foram deportados para os EUA” após negociações.
“Desde esse momento, 15 pessoas foram detidas por motivos políticos e entre os 269 presos políticos há pelo menos duas pessoas que já tinham sido detidas e subsequentemente libertadas. Continua a verificar-se o que chamamos de efeito ‘porta giratória’, uma estratégia de intimidação ou de controlo através da repressão política, de detenções com fins políticos”, explicou.
Romero explicou que foi reaberta uma cadeia que estava fechada há longo tempo, El Rodeo I, na localidade de Guarenas (a leste de Caracas), provocando preocupação nos familiares de detidos por limitações no acesso.
“Esta prisão parece ter sido adaptada para pessoas presas por motivos políticos, sobretudo homens”, disse, precisando que vários presos da Direção de Contrainteligência Militar, os serviços de informações militares foram transferidos para Guarenas.
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