Alimentação equilibrada, prática de atividades físicas, sono regular, não fumar e combater o estresse. De forma geral, essa é a “receita” de um estilo de vida saudável. O desafio é aplicar esses princípios tão conhecidos.
Um sedentário não vai virar um atleta a partir da próxima segunda-feira. O cardápio do restaurante próximo continuará não oferecendo muitas opções para melhorar a qualidade da alimentação. Os desafios no trabalho ou na vida pessoal continuarão e assim por diante.
O fato é que, entre teoria e prática, há uma distância considerável.
Mesmo aqueles que já procuram adotar práticas saudáveis nem sempre conseguem fazê-lo da maneira mais adequada – e menos ainda articular todas as dimensões envolvidas, identificando aquelas que devem ser priorizadas.
É a partir de um olhar global para o indivíduo que a medicina do estilo de vida ajuda cada um a encontrar a melhor “receita” de saúde e bem-estar e a colocá-la em prática na rotina. Para isso, contempla aspectos clínicos (a presença de doenças como hipertensão, diabetes, problemas cardíacos etc.), físicos (biomecânica, fragilidades musculoesqueléticas), nutricionais, emocionais (depressão, ansiedade, estresse) e sociais (rotina, trabalho, relacionamentos).
+Leia também: Afinal, o que significa ter um estilo de vida saudável?
A partir de uma avaliação inicial e considerando os objetivos da pessoa, é estabelecida a estratégia a ser adotada e um plano para a incorporação de práticas saudáveis, com acompanhamento e estímulo ao engajamento. Trata-se, portanto, de uma abordagem integrada, conduzida por uma equipe multiprofissional que inclui médicos, nutricionistas, educadores físicos e psicólogos, entre outros.
Conversei com a doutora Milene Ferreira, gerente médica dos serviços de Reabilitação e Medicina Esportiva do Einstein, e ela destacou que, com hábitos saudáveis, as pessoas vivem mais e melhor. E lembrou do estudo sobre as chamadas Blue Zones – as cinco regiões do mundo que se destacam pela longevidade saudável, com pessoas de mais de 90 anos vivendo com autonomia, baixo índice de doenças crônicas e boa qualidade de vida. A saber, as cinco regiões são: Nuoro (Itália), Okinawa (Japão), Nicoya (Costa Rica), Ilha de Ikaria (Grécia) e Loma Linda (Estados Unidos).
Esse trabalho revelou os “segredos” desses habitantes, entre eles atividade física, alimentação equilibrada, hábitos que relaxam e aliviam o estresse, convívio social e propósito de vida.
Seja pela cultura, por tradições ou características da vida nesses lugares, eles conseguem naturalmente colocar em prática a receita teórica. E quem não tem essa bagagem?
Ora, há coisas que a gente consegue fazer para mudar o estilo de vida. Com outras, temos de conviver e aprender a contrabalancear.
Por exemplo: com meu duplo chapéu no Einstein – como médico e como presidente – eu inevitavelmente tenho uma rotina intensa e com situações de estresse. Em contrapartida, há os bons hábitos que adotei.
Pratico atividades físicas regularmente, voltei a estudar violão e procuro aproveitar o fim de semana para ter contato com a natureza. Ou seja, foquei na mudança ou melhoria de hábitos que vão me trazer mais saúde e bem-estar estabelecendo metas alcançáveis e levando em conta meu contexto de vida.
Infelizmente, ainda não é o suficiente. Mas, no momento, é o que consigo fazer.
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A verdade é que a receita genérica que citei no começo desse artigo é uma versão perfeita. Mas ela continuará sendo apenas uma receita teórica e inútil, se não soubermos customizá-la para aplicá-la na vida real, considerando nosso contexto e nossas preferências.
Sem isso, a adoção de novos hábitos terá curta duração. Mudar não é fácil. Mas a medicina do estilo de vida torna essa jornada mais simples, segura e efetiva.
E para quem quiser se aprofundar no tema, sugiro que busque pelo podcast lançado recentemente pelo Einstein com o objetivo de disseminar informação sobre boas práticas de saúde e qualidade de vida, chamado “O que te trouxe aqui?”.
Disponível em todas as plataformas de streaming de áudio e no nosso YouTube, a primeira temporada, que tem como tema a medicina do estilo de vida, traz, em 24 episódios, conversas leves e descontraídas para estimular a população a olhar com mais atenção para sua saúde.
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