Nicolás Maduro aparece 13 vezes na cédula eleitoral venezuelana

Na votação das eleições presidenciais da Venezuela, marcadas para 28 de julho, a foto de Nicolás Maduro estará presente em 13 espaços distintos na tela da urna eletrônica. Isso se deve ao fato de que Nicolás Maduro recebe apoio de 13 partidos diferentes, e cada partido tem o direito de incluir a foto de seu candidato na cédula eleitoral. As informações são da agência Associated Press.

O presidente venezuelano explicou que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) autorizou a participação de 37 partidos e organizações políticas nas eleições. Cada um desses grupos terá seu candidato representado por uma foto na cédula eleitoral. Entre os 37, 13 partidos apoiam a candidatura do autoritário líder.

Maduro exibiu a cédula eleitoral que ainda será ajustada, ironizando críticas de uma suposta ditadura ou sistema de partido único na Venezuela. Ele mencionou que em eleições anteriores também houve múltiplas fotos de candidatos na cédula, como em 2012, quando Hugo Chávez aparecia 12 vezes e seu oponente, Henrique Capriles, 22 vezes.

Propaganda de Nicolás Maduro para a campanha presidencial (Foto: WikiCommons)

Laura Dib, diretora do programa Venezuela na WOLA, uma ONG sediada em Washington focada em direitos humanos nas Américas, comentou que, embora seja comum repetir o rosto de um candidato na cédula, o fato de Maduro aparecer 13 vezes torna-o “o mais facilmente reconhecível visualmente”.

Mudanças?

Dentro de poucas semanas, a Venezuela enfrentará um teste eleitoral crucial que pode determinar a continuidade do governo de Maduro por mais seis anos ou o fim das políticas socialistas que inicialmente tiveram sucesso no combate à pobreza, mas que contribuíram para uma crise econômica prolongada devido à má gestão.

Cerca de 17 milhões de eleitores estão aptos a votar na eleição venezuelana deste mês. Aproximadamente 4 milhões de venezuelanos no exterior estão registrados para votar, mas apenas cerca de 69 mil conseguiram atender aos rigorosos requisitos do governo para votação internacional, devido a custos elevados, processos demorados e exigências complexas de residência legal.

Tido como um candidato fantoche, espera-se que a foto de Edmundo González Urrutia, que foi escolhido para substituir María Corina Machado após ela ser impedida pelo judiciário venezuelano de ocupar cargos públicos por 15 anos, apareça pelo menos três vezes na cédula eleitoral. Ele foi inscrito como candidato pela coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) e recebeu apoio dos partidos Um Novo Tempo (UNT) e Movimento pela Venezuela.

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