Movimentos populares enviam carta a Biden pedindo fim

Mais de 600 movimentos populares assinaram uma carta pedindo o fim das medidas coercitivas aplicadas pelos Estados Unidos contra a Venezuela. O documento foi enviado no domingo (4) ao presidente estadunidense, Joe Biden.

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A carta foi assinada pelo Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Alba Movimentos. Os grupos expressaram “preocupação” com a retomada das sanções e chamou as medidas de uma forma de “extorsão ao governo venezuelano”. O texto afirma também que os bloqueios representam um obstáculo para o desenvolvimento econômico e social do país e que acredita ser possível uma relação entre EUA e Venezuela que não tenha esse tipo de agressões.

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Depois de 9 anos de bloqueios, o governo dos EUA anunciou a suspensão de algumas sanções de forma temporária, depois que governo e oposição assinaram um acordo em Barbados para definir um cronograma eleitoral em 2024.

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Na última semana, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou a retomada de parte das sanções contra o país sul-americano a partir do fim da licença contra a mineradora estatal Minerven. A medida foi uma resposta à decisão do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), que confirmou a inabilitação da opositora María Corina Machado por 15 anos. 

O porta-voz do departamento dos Estados Unidos, Matthew Miller, ameaçou também derrubar as licenças contra o setor de petróleo e gás venezuelano a partir de abril, se o país “continuar desrespeitando” o acordo de Barbados.

O documento enviado pelos movimentos sociais ao governo dos EUA também menciona a denuncia do governo venezuelano sobre os planos “frustrados” de assassinato contra o presidente Nicolás Maduro. O grupo afirma que essas tentativas representam uma “grave ameaça para a estabilidade e segurança da Venezuela” e pede uma investigação “exaustiva e imparcial”. 

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Em janeiro, o Ministério Público da Venezuela confirmou a condução de investigações contra cinco planos de golpes de Estado que incluiriam a morte do presidente, Nicolás Maduro, e do ministro da Defesa, Vladimir Padrino López. Ao todo, 32 pessoas foram presas acusadas de conspiração.

Edição: Lucas Estanislau


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