“A meta foi superada nas províncias de Maputo, Gaza, Manica, Nampula e Cabo Delgado”, disse Paulo Cuinica, porta-voz da CNE, durante uma conferência de imprensa, em Maputo, para apresentação dos dados provisórios do recenseamento eleitoral iniciado a 15 de março e concluído em 28 de abril, exceto no distrito de Quissanga, norte de Moçambique.
Em Quissanga, o recenseamento foi marcado para o período de 01 a 15 de maio, face à insegurança provocada por ataques de grupos de insurgentes naquele distrito, mas, devido a questões logísticas, o processo iniciou-se hoje, avançou o porta-voz da CNE.
Paulo Cuinica disse que se prevê recensear um total de 28.930 eleitores em Quissanga, onde foram colocadas até hoje 13 brigadas de recenseamento das 15 previstas.
A CNE recenseou um total de 7.666.666 pessoas até domingo, mas voltou a alertar que o número de inscritos não reflete a globalidade de eleitores registados, devido a “dificuldades de comunicação com algumas brigadas, o que suscita atrasos no envio de dados estatísticos”.
Moçambique tem assim um cumulativo de 16.390.471 (101,6%) de eleitores inscritos desde 2023, aquando das eleições autárquicas, de um universo de 16.217.816 previstos, avançou Paulo Cuinica.
Além de Quissanga, o prazo para o fim do recenseamento eleitoral foi estendido até 05 de maio na vizinha Tanzânia, devido ao atraso de nove dias na chegada do equipamento para o processo naquele país.
Pelo menos 14 formações políticas já se inscreveram para o escrutínio, entre as quais estão dois dos três partidos parlamentares, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
Moçambique realiza em 09 de outubro eleições gerais, incluindo presidenciais, às quais já não concorre o atual Presidente da República e líder da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Filipe Nyusi, por ter atingido o limite de dois mandatos previsto na Constituição.
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