O Estado angolano vendeu 108 empresas das quase 200 participações em empresas que estavam destinadas à privatização, “mas continua a fazer sentido que a Sonangol mantenha as participações no BCP e na Galp”, disse José de Lima Massano, ministro de Estado da Coordenação Económica de Angola, numa entrevista à Bloomberg.
As declarações foram feitas à Bloomberg por José de Lima Massano, ministro de Estado da Coordenação Económica de Angola, numa entrevista na terça-feira.
O ministro angolano diz-se ‘muito feliz’ com participações na Galp e no BCP e garante que o Governo planeia continuar a ser um investidor no banco português Banco Comercial Português e na petrolífera Galp Energia SGPS, ao mesmo tempo que vende outros ativos para melhorar as contas públicas.
“Estamos muito felizes com o que temos neste momento”, disse José de Lima Massano, ministro de Estado da Coordenação Económica de Angola, numa entrevista à agência Bloomberg. Lima Massano classificou a relação com a Galp e o BCP como “muito positiva”.
A petrolífera estatal angolana Sonangol é o segundo maior acionista do BCP, depois da Fosun, com uma participação de 19,5%. Detém ainda uma participação indirecta na Galp através da holding Amorim Energia, que detém 36% da petrolífera portuguesa.
A nação do sudoeste africano está a levar a cabo um programa massivo de privatizações numa tentativa de atrair investimento e reduzir o papel do Estado na economia.
O presidente da Sonangol, Sebastião Martins, sinalizou em Fevereiro que a empresa angolana enfrentava “muita pressão” para vender a sua participação no BCP.
O Estado angolano vendeu 108 empresas das quase 200 participações em empresas que estavam destinadas à privatização, “mas continua a fazer sentido que a Sonangol mantenha as participações no BCP e na Galp”, disse Massano.
O ministro acrescentou à Bloomberg que “são investimentos que visam manter uma carteira equilibrada”, afirmou. “Não vemos necessidade ou urgência de seguir um caminho diferente”.
As ações do BCP e da Galp subiram, cada uma, mais de 40% este ano, segundo a Bloomberg.
Apesar destas declarações, as ações do BCP estão hoje a corrigir 1,18% para 0,39 euros e as Galp perdem 0,55% para 18,88 euros.
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